Jerónimo Martins avança apesar da queda dos lucros. EDP trava Lisboa

A bolsa de Lisboa negoceia esta manhã entre ganhos e perdas, a acompanhar a volatilidade da família EDP, ainda no rescaldo do aumento de capital da subsidiária de energias verdes. Se o BCP está a pressionar o PSI-20, a Jerónimo Martins dá força, após a apresentação de resultados. O índice de referência nacional recua 0,3% para 4.661,33 pontos.

A Jerónimo Martins ganha 0,23% para 12,98 euros, no rescaldo da apresentação de resultados. Os lucros da retalhista caíram 19,9% em 2020, para 312 milhões de euros, apesar de as vendas terem aumentado 3,5%. O grupo decidiu propor o pagamento de um dividendo bruto de 28,8 cêntimos por ação (exceto ações próprias em carteira) num montante total de 181 milhões de euros (payout de 50%) e diz-se “bem preparado” para mais um ano de “desafios”.

Semapa (+0,27%) ou Nos (+0,7%) estão igualmente em alta. A Galp Energia sobe 0,10% para 9,75 euros, no dia em que os maiores produtores de petróleo do mundo, a OPEP+, vai reavaliar a estratégia de produção. No entanto, a generalidade das cotadas segue no “vermelho”.

A EDP Renováveis negoceia, pela segunda sessão consecutiva, em baixa. Após um tombo de quase 10% no dia em que realizou um aumento de capital de 1,5 milhões de euros junto de investidores institucionais com desconto, as ações da empresa de energias renováveis voltam a cair 0,24% para 16,84 euros.

A Société Générale elevou a recomendação para “comprar” (de “manter”), mas desceu o preço-alvo para 22,50 euros (contra o anterior 23,70 euros). Também o Barclays reviu em baixa o preço-alvo para 20,10 euros (de 20,30 euros). A casa-mãe EDP desliza 0,02% para 4,549 euros.

Em terreno negativo está também o BCP, que cai 1% para 0,1191 euros por ação, depois de o CEO Miguel Maya ter defendido, em entrevista ao ECO e TVI24, o prolongamento das moratórias bancárias.

Lisboa acompanha assim a tendência negativa nas principais bolsas europeias. O índice de referência europeia Stoxx 600 cai 0,7%, enquanto o britânico FTSE 100 perde 0,6% e tanto o alemão DAX, o francês CAC 40 e o espanhol IBEX 35 recuam 0,5%.