Desemprego sobe em janeiro, mas Portugal fica abaixo da média da UE

No primeiro mês do ano, a taxa de desemprego na Zona Europeia fixou-se em 8,1% e na UE em 7,3%. Em Portugal, o indicador passou para 7,2%, mantendo-se abaixo da média europeia.

Face ao agravamento da pandemia, o primeiro mês de 2021 ficou marcado por novos confinamentos em toda a Europa e, em consequência, pelo agravamento do desemprego em vários dos países do Velho Continente. De acordo o Eurostat, 21 dos 22 Estados-membros da União Europeia para os quais há dados disponíveis verificaram subidas homólogas da taxa de desemprego, incluindo Portugal. Por cá, a taxa aumentou 0,4 pontos percentuais (p.p) para 7,2%, ficando, ainda assim, a abaixo da área da moeda única (8,1%) e do bloco comunitário (7,3%).

“Em janeiro de 2021, a taxa de desemprego na Zona Euro fixou-se em 8,1%, estável em comparação com dezembro de 2020 e acima da taxa de 7,4% de janeiro de 2020. A taxa de desemprego na União Europeia fixou-se em 7,3%, em janeiro de 2021, também estável quando comparada com dezembro de 2020 e acima da taxa de 6,6% de janeiro de 2020“, explica o Eurostat, na nota estatística divulgada esta quinta-feira.

No total, 15.663 milhões de homens e mulheres na União Europeia estavam desempregados, no primeiro mês de 2021, mais 29.000 do que em dezembro e mais 1.465 milhões do que no período homólogo. De notar que o arranque do ano ficou marcado por um agravamento da pandemia, tendo vários dos países europeus optado por apertar as restrições e até mesmo impor novos confinamentos, encerrando diversos setores de atividade. Foi o que aconteceu, por exemplo, em Portugal. Tal cenário ajuda a explicar o agravamento do desemprego, no Velho Continente.

Tudo somado, dos 22 Estados-membros para os quais há dados disponíveis, 21 registaram aumentos homólogos do desemprego, em janeiro. Em Portugal, a subida foi de 0,4 p.p., menos considerável que a média do bloco comunitário e da área da moeda única (em ambos os casos, 0,7 p.p.).

Já em comparação com o mês anterior, o agravamento foi menos generalizado, isto é, metade dos países viram a taxa aumentar face a dezembro e em quatro o indicador manteve-se estável. Em Portugal, o acréscimo foi de 0,4 p.p., mais considerável, neste caso, do que o que aconteceu em média na UE e na Zona Euro (em ambos os casos, a taxa ficou estável).

Entre os Estados-membros, foi em Espanha que registou a taxa de desemprego mais elevada (16%), em janeiro. A Polónia ocupa a base da tabela, com a taxa mais reduzida do bloco comunitário: 3,1%. E Portugal? Há apenas seis países europeus com taxas mais significativas do que a portuguesa.

Portugal destaca-se, por outro lado, como o país europeu com o segundo maior agravamento em cadeia da taxa de desemprego, atrás apenas da Hungria, onde a taxa subiu 0,8 p.p. Já na variação homóloga, Portugal aparece muito próximo da base da tabela. Só dois países (França e Polónia) registaram aumentos inferiores, tendo os demais países verificado saltos mais consideráveis que o português.

Para mitigar o agravamento do desemprego provocado pela pandemia de coronavírus, vários Governos europeus lançaram apoios à manutenção dos postos de trabalho. Em Portugal, foi criado nesse sentido o lay-off simplificado — que atualmente só está disponível para os empregadores encerrados por imposição legal — e o apoio à retoma progressiva.

(Notícia atualizada às 11h006)

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