Exportações começaram a recuperar em fevereiro ao crescer 2,8%. Importações recuaram 10,9%
Depois de quedas no início do ano, exportações de bens registaram um aumento em fevereiro. Já as importações voltaram a recuar.
Depois de arrancar o ano em queda, as exportações de bens começaram a recuperar em fevereiro, ao crescer 2,8% face ao mesmo período de 2020. Já as importações recuaram 10,9%, revelam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira. Evoluções foram influenciadas pelo acréscimo das exportações de fornecimentos industriais e decréscimo das importações de material de transporte.
As exportações voltam assim a crescer, cinco meses depois. O INE destaca o acréscimo de fornecimentos industriais, que subiu 6,7% em fevereiro. Já olhando para os principais países de destino, “são de salientar nas exportações o aumento para Espanha (+4,9%), principalmente Máquinas e outros bens de capital e a diminuição para o Reino Unido (-15,3%)”.
Por outro lado, as importações continuaram a cair, destacando-se as diminuições de material de transporte (-35,0%), principalmente aviões que proveniente de França, bem como de bens de consumo (-15,8%) e de combustíveis e lubrificantes (-15,5%), de vários países fora da União Europeia.
Portugal recebeu também menos fornecimentos industriais do Reino Unido, e reduziu as compras de bens de consumo (maioritariamente vestuário) e material de transporte provenientes de Espanha.
Com o aumento nas exportações, o défice da balança comercial de bens “diminuiu 837 milhões de euros face ao mês homólogo de 2020, atingindo 708 milhões de euros em fevereiro”, segundo nota o INE. Já excluindo combustíveis e lubrificantes, o défice diminuiu 694 milhões de euros, atingindo 435 milhões de euros.
Durante pandemia, exportações caíram 11,1% e importações recuaram 17,5%
A pandemia de Covid-19 “afetou significativamente a atividade económica”, sinaliza o INE, adiantando que, de março de 2020 a fevereiro de 2021, as exportações e importações nominais de bens sofreram variações, respetivamente, de -11,1% e -17,5%, em comparação com os 12 meses anteriores.
A partir de março de 2020, quando a pandemia chegou a Portugal, as exportações começaram a cair. Foi a partir de junho de 2020 que se começou a verificar “alguma reanimação da atividade devido ao alívio das medidas de confinamento, que se refletiu com maior expressão nas exportações de bens”.
Foi em abril e maio que se sentiram os maiores decréscimos nas exportações, em todas as grandes categorias económicas. “Destacaram-se, em termos relativos, os decréscimos no material de transporte em abril (-80,2%), sobretudo para os três principais parceiros nacionais e nos combustíveis e lubrificantes em maio (-88,2%), principalmente para os Estados Unidos”, explica o INE.
Com as restrições às deslocações e viagens, as exportações de combustíveis e lubrificantes “apresentaram diminuições em todos os meses do período, exceto em fevereiro de 2021”.
Já “nas importações de bens, desde que começou a pandemia, têm-se sempre registado taxas de variação homóloga mensais negativas“, nota o INE. No que diz respeito às compras ao exterior, importações, todas as grandes categorias viram quedas entre abril e agosto de 2020.
“Destacam-se, tal como nas exportações, os decréscimos relativos no material de transporte em abril (-79,2%), proveniente sobretudo dos três principais parceiros nacionais e nos combustíveis e lubrificantes em maio (-79,3%), principalmente da Rússia”, diz o INE.
(Notícia atualizada às 11h48)
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