Galp vendeu painéis solares a 1.000 famílias em seis meses

Desde outubro, a nova empresa do Grupo Galp, Energia Independente, multiplicou por cinco o número de clientes, de 200 para 1000. Estratégia é massificar autoconsumo em Portugal.

No espaço de seis meses a nova empresa do Grupo Galp ei – Energia Independente, especializada no autoconsumo solar fotovoltaico, passou de ter apenas um projeto-piloto com cerca de 200 clientes e instalações de painéis solares ainda em fase de testes para cerca de 1.000 vendas a clientes finais, ente outubro de 2020 e abril de 2021.

Com a apresentação do novo plano estratégico do grupo prevista para maio, no próximo Capital Markets Day, a empresa não pode para já revelar as suas estimativas de vendas para 2021, mas garante que quer massificar o autoconsumo solar em Portugal” e mostrar que a produção de energia sustentável para autoconsumo é “uma realidade ao alcance de todas as famílias e empresas”. A petrolífera promete aos futuros clientes uma taxa de retorno entre 15 e 25% e uma recuperação do investimento realizado para a instalação de painéis solares em menos de cinco anos.

“A Energia Independente quer estar no maior número possível de telhados portugueses e multiplicar a utilização de painéis solares no mercado nacional para produzir energia limpa. Quer convencer os clientes um a um. Até agora, 1.000 famílias já compraram painéis solares. Temos muita procura e o mercado está a crescer rápido. Estamos a vender mais do que esperávamos”, disse em conferência de imprensa Ignacio Madrid, CEO da ei.

Ao nível das potenciais poupanças, com base em casos reais do projeto-piloto, a empresa prevê uma redução de 28 euros por mês (de 101 para 73 euros) na fatura de um cliente doméstico da região de Lisboa, com autoconsumo.

O responsável não teme a concorrência — de outras elétricas, como a EDP, que já está no mercado há mais tempo com oferta de solar fotovoltaico, nem de cadeias de retalho como o Ikea, que agora até já vendem painéis solares. Se há empresas grandes a entrar neste mercado é porque está a evoluir e vale a pena. Queremos garantir que toda a gente sabe que isto existe e faz sentido. Oferecemos solução à medida, ferramentas de controlo e instaladores locais, com quem temos parcerias e queremos criar um ecossistema empresarial e criar valor para os consumidores”, disse Madrid.

A nova empresa do grupo trabalhará em parceria com vários fabricantes de painéis solares, distribuidores e mais de 20 empresas instaladoras, num “ecossistema empresarial” que deverá crescer ainda mais no futuro. JA Solar, Enphase Energy, Longi Solar, Huawei, LG e QCells, são alguns dos parceiros já a bordo.

Com 1.000 vendas em carteira, esta nova base de clientes permitiu uma rápida curva de crescimento. “O setor energético em Portugal, como acontece um pouco por toda a Europa, está a viver um dos momentos de mudança mais importantes da história. A Energia Independente aspira a liderar a transição energética a um modelo mais sustentável e descentralizado, no qual os clientes podem gerar e gerir a sua própria energia”, sintetizou Ignacio Madrid, CEO da ei.

Uma ideia partilhada por Susana Quintana-Plaza, administradora executiva da Galp com o pelouro das Renováveis e Novos Negócios. “A ei é mais uma aposta que vai ao encontro do compromisso da Galp com um mundo mais eletrificado e sustentável. É uma empresa que cumpre os 3 Ds da energia – descarbonização, descentralização e digitalização – e que oferece aos clientes soluções de energia verde personalizadas, permitindo-lhes não só poupança como que se tornem agentes ativos da transição energética”, diz, sublinhando, por isso, a “importância de massificar esta mensagem e este desafio junto dos portugueses para que possam beneficiar de eletricidade verde mais acessível”.

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