Lucro do Abanca aumenta para os 137,4 milhões
Um ano depois do primeiro impacto da pandemia, Abanca vê lucros novamente a subir. Descida das provisões para o crédito impulsionam resultados do banco galego no primeiro trimestre.
O Abanca aumentou os seus resultados, depois de um ano de 2020 em que foi duramente penalizado pela pandemia (como a generalidade do setor). O banco galego viu os lucros subirem mais de 8% para 137,4 milhões de euros.
Há um ano, o resultado tinha sido bastante penalizado pelas provisões de 78 milhões de euros que criou por causa da incerteza relacionada com a pandemia, que ainda estava na sua fase inicial. Agora, entre janeiro e março de 2021, as provisões baixaram consideravelmente para cerca de 28 milhões de euros, o que acaba por explicar em grande medida esta subida homóloga dos resultados.
O Abanca, que em Portugal conta com 70 agências e está na corrida à aquisição do EuroBic, disse ter superado os 100 mil milhões de euros em volume de negócios com as recentes aquisições do Bankoa e do Novo Banco em Espanha, esta última anunciada no início do mês por um valor que não foi revelado. A instituição de Juan Carlos Escotet revela que a compra do Novo Banco será concluída nos próximos trimestres.
A carteira de crédito a clientes apresentou um crescimento de 13,2% para 42.068 milhões de euros (8,5% sem o Bankoa), à boleia das linhas de crédito Covid anunciadas pelo Governo espanhol no âmbito das quais concedeu 3.234 milhões de euros.
O banco diz manter a carteira de ativos de melhor qualidade em Espanha, com o rácio de NPL (non perfoming loans) de 2,0%, praticamente metade da média espanhola e abaixo da média europeia. O banco, com sede em Santiago de Compostela, não sentiu ainda o impacto da pandemia e adiantou que o seu principal mercado, a comunidade da Galiza, “continua a mostra um melhor comportamento que o conjunto de Espanha tanto em termos de indicadores económicos como de evolução da pandemia”.
Por outro lado, os recursos de clientes atingiram os 55.783 milhões de euros, registando uma subida de 17,1% (11,4% sem o Bankoa), com os depósitos de clientes a crescerem 15,2% (10,9% sem o Bankoa) e alcançaram os 44.551 milhões de euros.
Em termos operacionais, o primeiro trimestre foi positivo para o Abanca: o produto bancário cresceu 10,7% para 231 milhões de euros, “como resultado do bom desempenho da margem de juros e receitas por prestação de serviços bancários”. A margem financeira subiu 9,5% para 164,1 milhões de euros, enquanto as comissões aumentaram 13,7% para 66,9 milhões.
Em termos de solvência, o rácio de capital do Abanca situou-se nos 17,4%, acima da fasquia de referência de 13,3% de capital de máxima qualidade CET1.
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