Nas notícias lá fora: AstraZeneca, Credit Suisse e Merkel

  • ECO
  • 22 Abril 2021

Mario Draghi irá revelar um pacote de recuperação de 221 mil milhões de euros para reestruturar economia italiana. Já o Credit Suisse teve prejuízo de 252 milhões por causa do escândalo da Archegos.

Esta quinta-feira fica marcada pela notícia de que a União Europeia está a preparar um processo contra a AstraZeneca, para obrigar a fabricante a cumprir o fornecimento das doses estipuladas no contrato entre ambas as partes. Já Angela Merkel veio dizer que os Tratados Fundadores da União Europeia “provavelmente” precisam de alterações, especialmente no âmbito das políticas de saúde. Por sua vez, a Austrália cancelou dois contratos que tinham sido assinados pelo Estado de Vitória a propósito da Iniciativa do “Cinturão e Rota” da China, alegando motivos de “interesse nacional”.

Politico

União Europeia prepara processo contra a AstraZeneca

A União Europeia está a preparar-se para avançar com procedimentos legais contra a AstraZeneca, de acordo com cinco diplomatas do bloco europeu. A Comissão levantou a questão numa reunião de embaixadores que decorreu na quarta-feira, com a maioria dos Estados-membros a afirmar que apoiaria o processo pelo facto da empresa não ter entregue as doses prometidas à União Europeia. Segundo um dos referidos diplomatas, este processo judicial tem o objetivo de fazer com que o fornecimento das doses estipuladas no contrato entre a AstraZeneca e o bloco se torne obrigatório.

Leia a notícia completa no Politico (acesso livre, conteúdo em inglês)

Financial Times

Draghi usa 221 mil milhões para reestruturar economia italiana

Na próxima semana, o primeiro-ministro italiano irá revelar um pacote de recuperação de 221 mil milhões de euros — mais do que o tamanho da economia portuguesa — para mudar de forma radical a estrutura da economia de Itália. O plano inclui investimentos em comboios de alta velocidade, em energia verde (nomeadamente em hidrogénio), na melhoria da eficiência energética dos edifícios e na digitalização da Administração Pública italiana. É assim que Mario Draghi pretende aproveitar os 191,5 mil milhões de euros que deverá receber em subvenções e empréstimos através do Plano de Recuperação e Resiliência, aos quais se juntam 30 mil milhões de recursos orçamentos próprios.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago e conteúdo em inglês)

Politico

Tratados da União Europeia “provavelmente” precisam de alterações, considera Merkel

A chanceler alemã Angela Merkel disse estar disponível para proceder a alterações nos Tratados Fundadores da União Europeia, especialmente no âmbito das políticas de saúde. “Creio que a Europa necessita de mais competências na área da saúde. Isto provavelmente exigirá também alterações aos tratados”, referiu Merkel. Além do mais, a chanceler destacou que faz “sentido” passarem a existir “competências europeias para certas situações, especialmente pandemias”, sendo para tal necessário uma “coordenação de políticas, a nível intergovernamental”.

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Reuters

Austrália alega “interesse nacional” ao cancelar acordos sobre Iniciativa do “Cinturão e Rota” da China

A Austrália comunicou a sua decisão de cancelar dois acordos que tinham já sido assinados entre o Estado de Vitória e a China a propósito da Iniciativa do “Cinturão e Rota”, de forma a assegurar a coerência nas relações externas do país. A embaixada chinesa veio criticar esta decisão tomada por Marise Payne, ministra dos Negócios Estrangeiros da Austrália, classificando-a de “provocadora” e avisando que esta tomada de posição iria prejudicar ainda mais os laços existentes entre os dois países.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

CNBC

Credit Suisse com prejuízo de 252 milhões por causa do escândalo da Archegos

O banco suíço Credit Suisse revelou esta quinta-feira que registou um prejuízo de 252 milhões de francos suíços (275 milhões de dólares) no primeiro trimestre deste ano por causa do escândalo do hedge fund Archegos, que colapsou após ter arriscado demasiado. As ações do banco não demoraram a reagir aos resultados, caindo quase 5% no início da negociação. O impacto das perdas de 4,4 mil milhões de francos suíços provocadas pelo Archegos “compensou” o desempenho positivo do braço de investimento e gestão de fortunas do Credit Suisse. A expectativa do banco é que o segundo trimestre continue a ser afetado com um prejuízo de 600 milhões.

Leia a notícia completa na CNBC (acesso livre e conteúdo em inglês)

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