Costa avisa que Portugal tem de reduzir em 40% as emissões dos transportes

Para atingir a neutralidade carbónica em 2050 e reduzir as emissões em 55% até 2030, será necessário reduzir as emissões dos transportes. António Costa diz que decisões têm de ser tomadas agora.

Para cumprir os objetivos ambientais com os quais Portugal se comprometeu, é preciso reduzir em 40% as emissões de gases efeito estufa dos transportes até 2030, recordou esta segunda-feira o primeiro-ministro, António Costa, depois da viagem inaugural que marcou a conclusão do projeto de eletrificação da Linha do Minho (troço Viana do Castelo – Valença).

Concretamente, o país pretende atingir a neutralidade carbónica em 2050 e reduzir as emissões de gases com efeito estufa em 55% até ao final desta década.

“Para cumprirmos esses objetivos, temos de reduzir em 40% as emissões dos transportes até 2030. Não é daqui a muito tempo, é agora que temos de tomar as decisões críticas. Para termos esse objetivo alcançado em 2030, temos que ter os investimentos planeados agora, de seguida os concursos, e, depois, os projetos para as empreitadas, porque se as empreitadas não estiverem concluídas em 2030 não vamos conseguir atingir esse objetivo”, afirmou o primeiro-ministro.

António Costa explicou ainda que “há dois grandes domínios que levam a produção e emissão de gases efeito estufa: má eficiência ambiental e os transportes”, tanto urbanos como inter-regionais e internacionais. É aqui que, nas palavras do primeiro-ministro, “a ferrovia tem um papel indispensável“: “É a verdadeira alternativa ao transporte de mercadorias por rodovia, é a verdadeira alternativa ao transporte de pessoas e mercadorias por via aérea e, em alguns casos, alternativa ao transporte de mercadorias por via marinha”, disse o chefe do Governo.

Por fim, António Costa sublinhou que o investimento feito na ferrovia “é o maior dos últimos cem anos”, o que “diz muito sobre o pouco que foi feito e o que se está a fazer agora”.

A modernização e eletrificação da Linha do Minho, entre Nine, no distrito de Braga, e Valença, no distrito de Viana do Castelo, representou um investimento de 86,4 milhões de euros, inserido no Plano de Investimentos Ferrovia 2020 e cofinanciado pelo programa Compete 2020. O primeiro-ministro congratulou todo o projeto, mas reconheceu o atraso das obras (que deveriam ter sido concluídas em 2019).

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