Bruxelas quer duplicar renováveis no mix energético para os 40% até 2030
A nova Diretiva de Energias Renováveis da Comissão europeia deverá ser apresentada a 14 de julho como parte de um pacote mais amplo de leis destinadas a cumprir as metas climáticas para 2030.
Uma versão preliminar da nova Diretiva de Energias Renováveis confirma a ambição da União Europeia de obter entre 38 e 40% da sua energia a partir de fontes renováveis até 2030, avança esta terça-feira o site Euractiv. Com esta meta, Bruxelas duplicará assim a presença de energia solar, eólica e de outras fontes não poluentes na sua matriz energética até o final da década.
Esta nova diretiva da Comissão Europeia, entretanto revista, será apresentada já a 14 de julho como parte de um pacote mais amplo de leis destinadas a cumprir as metas climáticas atualizadas do bloco para 2030. As metas agora estabelecidas foram criticadas pela SolarPower Europe como “pouco ambiciosas”. Esta associação industrial europeia defende que a presença de renováveis no mix de energia deveria ser de, pelo menos, 45% até 2030. Já a WindEurope acolheu as metas, mas alertou para os problemas da licenciamento de novas centrais eólicas onshore e offshore.
A diretiva atual das Energia Renováveis foi atualizada pela última vez em 2018 e visa uma quota de energias renováveis de 32% no cabaz energético da UE até 2030. “Aumentar esta meta para 38 a 40% significa quase o dobro da quota de energias renováveis, que atualmente correspondem a cerca de 20% do necessidades de energia do bloco”, escreve o Euractiv.
Nesta versão preliminar, citada pelo meio de comunicação social especializado, as iniciativas que estão a ser consideradas são as seguintes:
- Promoção do uso de renováveis para aquecimento e arrefecimento, com um novo objetivo vinculativo de aumento anual de 1,1 pontos percentuais;
- Proibição de uso de combustíveis fósseis no aquecimento urbano;
- Um benchmark europeu para as energias renováveis usadas em edifícios;
- Um aumento na meta de energias renováveis nos transportes de 14% para 26%;
- Uma sub-meta para biocombustíveis avançados, de 3,5% para 5,5%, e a introdução de uma obrigação de fornecimento dedicada para a aviação;
- Maior cooperação transfronteiriça em energias renováveis offshore, com a obrigação de os Estados-membros da UE cooperarem dentro de cada bacia marítima, e um balcão único para a autorização de projetos eólicos offshore transfronteiriços;
- Um benchmark europeu para o uso de renováveis na indústria, incluindo a rotulagem de produtos industriais verdes em determinados setores.
- Predominância da eletricidade renovável nos transportes, aquecimento e refrigeração.
- Um sistema de certificação para combustíveis renováveis e com baixo teor de carbono;
Há apenas duas semanas, os legisladores da UE chegaram também a um acordo preliminar sobre a nova Lei Climática Europeia que, pela primeira vez, torna o objetivo de neutralidade climática do bloco 2050 uma obrigação legal da UE. Esta nova lei, que deverá ser aprovada em breve, também estabelece o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 55% até 2030 em comparação com os níveis de 1990.
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