Saldo externo sobe 57% para os 181 milhões no primeiro trimestre

A economia portuguesa terminou o primeiro trimestre deste ano com um saldo externo positivo de 181 milhões de euros, acima do registado no período homólogo.

As contas externas da economia portuguesa melhoraram no arranque de 2021. Tanto em comparação com 2020 como com 2019, a balança corrente e de capital da economia nacional apresenta um saldo superior no valor de 181 milhões de euros no primeiro trimestre de 2021, mais 57% do que os 115 milhões de euros registados no primeiro trimestre do ano passado.

Os dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal mostram que “os excedentes observados nas balanças de serviços, rendimento secundário e de capital superaram os défices da balança de bens e de rendimento primário“. A principal diferença face aos anos anteriores está na redução do défice da balança comercial de bens.

Entre janeiro e março, o défice comercial de bens caiu para 2.056 milhões de euros, o que compara com 4.085 milhões de euros em 2020 e 3.730 milhões de euros em 2019. Como o défice reduziu-se para quase metade, as contas externas saíram beneficiadas. Contudo, a pandemia teve um impacto muito significativo no turismo, o que tirou 1.341 milhões de euros ao excedente da balança de serviços no primeiro trimestre de 2021, período em que o país enfrentou um segundo confinamento provocado pela Covid-19.

Conclusão: “até março, o défice da balança comercial diminuiu, pois a redução do défice da balança de bens, no valor de 2.029 milhões de euros, ultrapassou a diminuição do excedente da balança de serviços em 1.768 milhões de euros“, conclui o banco central.

Nas outras componentes das contas externas os números mantiveram-se aproximadamente semelhantes aos dos anos anteriores. O défice da balança de rendimento primário (juros, dividendos e lucros reinvestidos) aumentou 47 milhões de euros face ao período homólogo, atingindo os 556 milhões de euros.

Já o excedente da balança de rendimento secundário (remessas de emigrantes/imigrantes e outras transferências) decresceu 40 milhões de euros, “devido, sobretudo, à evolução das transferências correntes, designadamente pelo aumento da contribuição nacional para o orçamento da União Europeia“. Acresce que o excedente da balança de capital diminuiu em consequência da diminuição das ajudas ao investimento recebidas da União Europeia.

Porém, o saldo da balança financeira registou um aumento dos ativos líquidos de Portugal face ao exterior de 667 milhões de euros. “Esta subida deveu-se à diminuição de passivos do Banco de Portugal junto do Eurosistema e à redução de depósitos de não residentes junto de bancos portugueses”, explica o banco central, acrescentando que aumentou o investimento dos bancos portugueses em títulos de dívida emitidos por não residentes.

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