Este verão os biquínis têm nome exótico e são de plástico resgatado dos oceanos
A marca portuense Oiôba tem biquínis e fatos de banho produzidos com tecidos feitos a partir de resíduos plástico recolhido dos oceanos.
A procura por peças de roupa com uma menor pegada ambiental tem vindo a ganhar destaque, sobretudo entre os jovens, que procuram alternativas feitas materiais reciclados ou reaproveitados. É o caso dos biquínis e fatos de banho feitos a partir de plástico recolhido nos oceanos da Oiôba. A marca portuguesa de swimwear e activewear foi lançada no Porto em 2018, por dois amigos, Pedro Sousa e Rui Roncha com a missão de ser sustentável.
A ideia surgiu-lhes no Brasil, mais concretamente na cidade maravilhosa do Rio de Janeiro, quando os dois estudantes de arquitetura estiveram lá em Programa Erasmus, entre 2015 e 2016. Dois anos depois, já de regresso ao país natal, fizeram nascer o seu próprio negócio e a marca Oiôba. Todas as peças são produzidas em Portugal de forma artesanal, num pequeno estúdio no Porto.
“A sustentabilidade faz parte da nossa génese e sempre usámos apenas materiais sustentáveis ou reciclados. A questão da sustentabilidade, para além de ser uma preocupação e valorizar o produto, já é também uma tendência. Hoje o consumidor está muito mais instruído”, explica Pedro Sousa, cofundador e diretor criativo da Oiôba.
Como o verão quase à porta, a marca portuense acaba de lançar uma nova coleção de fatos de banho e biquínis intitulada de “Liberta” que está à venda através do canal online. “Com a coleção Liberta, quisemos ir ainda mais longe e chamar à atenção para um problema que é de todos: a poluição nos mares e oceanos”, explica o cofundador e diretor criativo da Oiôba. Os modelos desta nova coleção custam 79,90 euros e 69,90 euros.
O material usado nestas peças sustentáveis é poliéster reciclado feito a partir de resíduos plásticos recolhidos no mar. A grande maioria das vendas (90%) são para o mercado nacional e uma pequena percentagem das vendas destina-se a outros mercados europeus como Espanha, Reino Unido e Itália.
Pedro Sousa conta ao ECO/Capital Verde que os materiais reciclados que servem de matéria-prima para a coleção de beachwear são provenientes de uma empresa espanhola chamada Oktex, especializada na investigação e desenvolvimento de novos tecidos circulares, principalmente para fatos de banho.
Além da coleção de swimwear, a marca tem vestidos, calções de banho, t-shirts, camisolas e leggings para completar os looks de verão. Pedro Sousa explica que como os biquínis são sazonais decidiram também alargaram a gama de produtos. No entanto, o diretor criativo esclarece que para fabricar nestes produtos não conseguem ainda arranjar tecidos feitos a partir de resíduos do fundo do mar.
Os calções de banho para homem custam cerca de 45 euros, as t-shirts cerca de 25 euros, as camisolas rondam os 45 euros e as leggings cerca de 20 euros. O site tem também biquínis e fatos de banho em saldo a partir de 22,50 euros.
As novidades não ficam por aqui e a marca portuense aliou-se a uma escola de surf de São Tomé e Príncipe com o objetivo de lançar um body de surf feminino no final de junho.
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