Escolas portuguesas vão contar com mais 3.300 docentes para apoiar alunos
Foi apresentado esta terça-feira o plano de recuperação das aprendizagens, para combater os efeitos que a pandemia teve na educação dos alunos do ensino básico e secundário.
As escolas portuguesas irão ter um reforço ao nível dos recursos humanos, nos próximos dois anos, para colmatar os impactos da pandemia de Covid-19 na aprendizagem dos alunos. Na apresentação do Plano 21|23 Escola+, no âmbito do plano de recuperação de aprendizagens, o ministro da Educação anunciou que as instituições contarão com mais 3.300 docentes.
Apresentando um plano que tem como principais objetivos a recuperação das “competências mais afetadas” pela chegada da pandemia a território nacional, mas também “investir no bem-estar social e emocional” dos alunos, Tiago Brandão Rodrigues deu a conhecer que existirá um “reforço de docentes significativo”, na ordem dos “3.300”, para que possam, também, reforçar o “apoio tutorial específico” nos mais variados âmbitos.
Mas o reforço ao nível dos recursos humanos não se fica por aí. Haverá também, de acordo com o ministro da Educação, a contratação de “mais de mil técnicos especializados” — nomeadamente, “psicólogos”, “terapeutas da fala”, “assistentes sociais” e “moderadores” — de forma a robustecer o sistema educativo nacional. Profissionais esses que se vêm juntar aos mais de “5.000 assistentes operacionais” que estavam também já previstos.
Tiago Brandão Rodrigues informou ainda que serão abertas, a nível nacional, “mais 50 salas” do ensino pré-escolar, tendo por base a premissa de que “quanto mais cedo” as crianças entrarem nas escolas”, mais bem-sucedido “será o seu percurso escolar”. A instalação de “quatro centenas de centros de especialização tecnológica”, de forma a promover a “modernização do ensino profissional”, é também uma das medidas previstas no Plano 21|23 Escola+, que tem como horizonte os próximos dois anos letivos.
Uma maior aposta na “literacia digital” e do programa “Escola Digital” está também previsto neste projeto, que prevê também um “reforço da internet nas escolas”. Está também em cima da mesa o desenvolvimento de iniciativas que promovam o desenvolvimento de competências de “leitura e escrita”, bem como uma maior aposta no ensino do português enquanto “língua não materna”.
Sendo este um plano que, como esclarece o primeiro-ministro, António Costa, apresenta uma “metodologia” que contém uma clara aposta “na descentralização, na autonomia e na flexibilização”, este projeto prevê também que atividades como o “desporto”, a “dança” e outras “artes” deixem de ser concebidas como meras “atividades extracurriculares”, passando a ter uma “integração” efetiva no plano curricular dos estudantes.
A “autonomia curricular” é, efetivamente, um dos domínios considerados neste plano, que prevê um “plano de aprendizagens mais flexível” e até mesmo de um “calendário escolar” que se possa tornar semestral, ao contrário do que acontece hoje em dia.
Como esclareceu o ministro da Educação, o Plano 21|23 Escola+ contará com um “orçamento de mais de 900 milhões de euros”. No ano letivo que se avizinha, está previsto um gasto de cerca de “140 milhões de euros” em recursos humanos, com mais “43,5 milhões de euros” a serem destinados a formação e outros “50 milhões de euros” a recursos digitais. Para “apetrechamento e infraestrutura” serão alocados “mais de 670 milhões de euros”.
Este é um plano que visa uma “aposta no sucesso, inclusão e cidadania e a confiança nas escolas e nos seus profissionais”, englobando um conjunto de “medidas e recursos” que surgem com o intuito de atingir esses mesmos objetivos, informou o ministro que tem a tutela da Educação.
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