Vasco Vilela passa da PME Investimentos para vogal da Sofid
Vasco Vilela não foi integrado nas equipas escolhidas pelo Executivo para remodelar as sociedades de garantia mútua. Mas vai para a Sofid por proposta do Ministério das Finanças. Aguarda Ok do BdP.
Vasco Vilela, o número dois da equipa executiva da PME Investimentos, uma das instituições que foi aglutinada para dar origem ao Banco Português de Fomento, vai integrar a equipa da Sofid, a Sociedade para o Financiamento do Desenvolvimento.
“Sob proposta do Ministério das Finanças, na qualidade de acionista Estado, e após parecer favorável da CReSAP, Vasco Vilela foi eleito para vogal do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Sofid, na última Assembleia Geral Anual da Instituição”, confirmou ao ECO, fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Mas apesar da “luz verde” da CReSAP, Vasco Vilela ainda aguarda a autorização do Banco de Portugal para iniciar funções. O ECO questionou o Banco de Portugal sobre a avaliação de fit and proper do ex-adjunto financeiro no gabinete de Caldeira Cabral, quando este era ministro da Economia, mas até à publicação deste artigo não obteve quaisquer esclarecimentos.
Vasco Vilela não foi integrado nas equipas escolhidas pelo Executivo para remodelar as sociedades de garantia mútua, tal como o ECO avançou, à semelhança do que aconteceu com os outros responsáveis das instituições que foram fundidas na SPGM para dar origem ao Banco Português de Fomento – a Instituição Financeira de Desenvolvimento e a PME Investimentos. Marco Fernandes, por exemplo, o antigo presidente da PME Investimentos, vai ser o presidente executivo da Garval, assim como vogal da Lisgarante. Já Henrique Cruz, o último presidente da IFD vai ser o presidente da Norgarante e vogal da Agrogarante.
A número dois da IFD, Eduarda Vicente, vai ser vogal da Garval e da Lisgarante e António Gaspar, antigo vogal da SPGM, vai ser presidente da Agrogarante e vogal da Norgarante. Já Marco Neves, que era vogal da SPGM e que é presentemente administrador do Banco Português de Fomento, vai ser o presidente executivo da Lisgarante e vogal da Garval.
A Sofid pediu para preencher este cargo que está vago desde 1 de setembro de 2020, esclareceu fonte oficial do MNE, mas Vasco Vilela tem de aguardar a autorização do Banco de Portugal, de acordo com as regras definidas no Regime Jurídico das Instituições de Crédito e das Sociedades Financeiras.
A Sofid registou prejuízos 185 mil euros negativos em 2020 e, em termos acumulados, contava no final do ano passado com 32 projetos apoiados, no montante global de 35,6 milhões de euros. Mas, devido à pandemia, em 2020, não foram contratadas novas operações. A instituição que visa contribuir para o crescimento económico de países emergentes e em vias de desenvolvimento, viu a sua presidente da comissão executiva, Marta Mariz, ser nomeada, no final de maio, para o conselho de administração da associação das instituições financeiras de desenvolvimento europeias. A EDFI congrega 15 instituições europeias de financiamento do desenvolvimento, entre as quais a Sofid, dedicadas ao investimento no setor privado em países emergentes e em desenvolvimento, focado na criação de empregos, na promoção do crescimento sustentável e no combate à pobreza e às alterações climáticas.
Fonte oficial do MNE avança ainda que “não se preveem alterações adicionais aos órgãos de administração da Sofid, até ao final do mandato em curso”.
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