Economia europeia dispara em maio com redução das restrições

Um dos principais indicadores económicos da economia europeia está em máximos de fevereiro de 2018, indicando que haverá um crescimento expressivo no segundo trimestre.

O indicador da consultora IHS Markit que agrega a atividade económica da Zona Euro atingiu um máximo de 40 meses em maio, o que reforça a ideia de que a recuperação está a ser forte. O PMI compósito europeu fixou-se nos 57,1 pontos, acima dos 53,8 pontos registados em abril e o valor mais elevado desde fevereiro de 2018. Quando o indicador está acima dos 50 pontos quer dizer que a economia cresce.

Tanto o setor da indústria como o setor dos serviços registaram uma surpresa positiva nos dados de maio, principalmente por causa do levantamento das restrições relacionadas com a pandemia, graças à aceleração da vacinação e à queda do número de casos.

“O setor dos serviços da zona Euro renasceu em maio, iniciando uma retoma sólida que parece provável que será sustentada ao longo do verão”, diz Chris Williamson, economista-chefe da IHS Markit, assinalando que o “otimismo” das empresas para os próximos meses está em máximos de mais de 17 anos.

A expectativa é que no segundo trimestre o PIB europeu cresça, após ter contraído em dois trimestres (quarto trimestre de 2020 e primeiro trimestre de 2021) consecutivos, o que constitui uma recessão técnica. A expectativa da Comissão Europeia é que no conjunto do ano se registe um crescimento de 4,2% em 2021 e de 4,4% em 2022.

Entre as principais economias europeias, a Alemanha registou 56,2 pontos e França alcançou 56,6 pontos. Os dados para Itália (55,7 pontos) e Espanha também são positivos, principalmente o índice espanhol que atingiu um máximo de novembro de 2006 ao chegar aos 59,2 pontos.

No caso da indústria têm-se registado valores recorde de produção e o crescimento até poderia ser maior se não existissem estrangulamentos nas cadeias de produção, os quais levaram a uma subida sem precedentes dos custos de produção.

Esta é uma “área de preocupação”, assume Chris Williamson, assinalando que há “pressões” nos preços por causa dos constrangimentos na produção e pelas “dificuldades na contratação” para dar resposta ao aumento da procura. O economista-chefe da IHS Markit antecipa que este poderá ser um problema no futuro caso se mantenha durante algum tempo e caso leve a salários mais elevados.

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