Maior fusão nos seguros terá aval de Bruxelas em julho
Remédios adotados pelas proponentes da fusão resolveram objeções das autoridades da Concorrência da UE. Em julho, a Aon será a maior corretora de seguros do mundo.
A combinação da Aon com a Willis Towers Watson (WTW), anunciada em março de 2020 por 30 mil milhões de dólares, terá no início de julho aprovação da Comissão Europeia (CE), disseram fontes da agência Reuters.
Considerada a maior operação de concentração na indústria seguradora, a proposta de fusão das corretoras irlandesas foi aprovada pelos acionistas de ambas companhias em agosto e formalmente notificada à CE em novembro de 2020. Em dezembro, Margrethe Vestager, vice-presidente da Comissão e responsável pela política de Concorrência na EU, justificava a necessidade de avaliação mais detalhada à fusão: “Abrimos uma investigação aprofundada para avaliar cuidadosamente se a transação pode produzir efeitos negativos ao nível de concorrência, reduzir alternativas e escolha e significar um aumento de preços para os clientes europeus do mercado comercial de corretagem de risco.”
O procedimento à luz do regulamento europeu sobre concentrações resultou em objeções a que as proponentes tiveram de responder. Em abril passado, a Comissão Europeia acusou receção de um compromisso por parte das companhias para cedência de algumas operações.
Nos últimos meses, Aon e WTW alienaram diversas operações no sentido de conseguir o aval de Bruxelas. Num anúncio recente, a Aon anunciou acordo para vender o negócio de pensões de reforma e investimentos (na Alemanha) à britânica Lane Clark & Peacok (LCP). Antes desta transação, a A.J. Gallagher acordou a compra de diversos negócios da WTW na Europa e nos EUA.
O esforço da Aon e da WTW para validar a fusão estendeu-se a outras circunscrições. Nos EUA, a Aon assinou há poucas semanas a venda de ativos de pensões e reforma à sociedade de capitais privados Aquiline Capital Partners, cedendo também planos de saúde de reformados à Alight Solutions. Estas duas transações totalizaram cerca 1,4 mil milhões de dólares.
Com estes remédios, a mega fusão está a poucas semanas de obter luz verde das autoridades europeias da Concorrência da UE, prevendo-se que na primeira metade de julho a fusão seja confirmada por Bruxelas. Em consequência, a Aon (designação escolhida para o novo grupo) torna-se nº 1 do ranking mundial da corretagem de seguros. Assumindo a visão conjunta de uma empresa tornada única, as corretoras globais divulgaram, em fevereiro passado, o organigrama da comissão executiva da entidade resultante da fusão.
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