Crescimento do PIB no segundo trimestre mais do que compensará queda do primeiro, diz BdP

A economia portuguesa vai crescer de tal forma no segundo trimestre que vai compensar a queda registada no primeiro trimestre no qual o país enfrentou um segundo confinamento.

O Banco de Portugal estima que o crescimento da economia portuguesa que se vai registar no segundo trimestre deste ano vai mais do que compensar a queda registada no primeiro trimestre, período em que o país enfrentou um segundo confinamento. Esta expectativa consta do boletim económico de junho divulgado esta quarta-feira. No primeiro trimestre de 2021, o PIB caiu 3,3% em cadeia e 5,4% em termos homólogos, a maior queda da União Europeia.

As projeções têm implícita uma taxa de variação em cadeia do PIB no segundo trimestre que mais do que compensa a queda observada no primeiro trimestre do ano“, revela o banco central no boletim em que revê em alta o crescimento do PIB de 2021 para 4,8% e o de 2022 para 5,6%. Esta revisão em alta deve-se principalmente ao aumento da procura interna.

O Banco de Portugal diz que haverá um “aumento relativamente generalizado” do VAB (Valor Acrescentado Bruto) dos vários setores de atividade, nomeadamente a construção. “Face ao trimestre anterior, os setores mais afetados pelo confinamento, em particular os relacionados com o turismo e o comércio não essencial deverão registar crescimentos significativos, mantendo ainda assim uma atividade bastante inferior à observada em 2019“, nota.

Há vários indicadores que sinalizam uma forte recuperação da economia portuguesa, nomeadamente “uma recuperação do consumo privado face ao trimestre anterior” e “a manutenção de uma evolução favorável no investimento”. Além disso, “as exportações deverão crescer face ao trimestre anterior, mantendo-se diferenças na recuperação face aos níveis pré-pandémicos entre bens e serviços”.

Na apresentação do boletim económico, o governador do Banco de Portugal também destacou a rápida recuperação dos indicadores de confiança tanto dos consumidores como dos empresários.

Na conferência de imprensa, Mário Centeno disse que esta recessão “é simultaneamente a mais profunda e a mais rápida na recuperação” de todas as recessões desde a criação do euro. O governador disse ainda que, no final de 2023, o nível do PIB estará “abaixo mas próximo” do nível que se projetava para a economia portuguesa em dezembro de 2019, antes da pandemia.

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