Medina vai ser ouvido no Parlamento por causa da partilha de dados de ativistas russos
Fernando Medina e Augusto Santos Silva vão ser ouvidos na AR sobre a partilha de dados dos ativistas anti-Putin à embaixada da Rússia. A audição foi aprovada por unanimidade, a pedido do CDS e PSD.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, vão ser ouvidos no Parlamento sobre a partilha de dados dos ativistas anti-Putin com a embaixada da Rússia. A audição foi aprovada por unanimidade, tendo por base um requerimentos do CDS e PSD.
“Foi hoje [quarta-feira, 16 de junho] aprovado por unanimidade na Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas o requerimento do CDS para ouvir o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa Fernando Medina para prestar esclarecimentos sobre o caso Navalny/CML”, informa, em comunicado, o partido liderado por Francisco Rodrigues dos Santos.
Além disso, foi também aprovado o requerimento pedido pelo PSD para ouvir o ministro os Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, sobre a transferência, para a embaixada da Rússia, em Lisboa, de dados pessoais dos ativistas que organizaram uma manifestação pela libertação de Alexey Navalny.
Em causa está o envio de informações consideradas sensíveis de três organizadores de uma manifestação anti-Putin, em solidariedade com Alexei Navalny, à embaixada a Rússia, em Lisboa, e ao Ministério dos Negócios Estrangeiros russo por parte da Câmara Municipal de Lisboa. Perante este caso, Fernando Medina admitiu que foi feita a partilha de dados pessoais dos três ativistas, pediu “desculpas públicas”, assumiu que foi “um erro lamentável que não podia ter acontecido” e anunciou que pediu uma auditoria sobre a realização de manifestações no município nos últimos anos.
Este caso gerou ainda uma “onda” de críticas por parte de vários partidos, do Presidente da República, da Amnistia Internacional e também um pedido de demissão por parte de Carlos Moedas, que está na “corrida” à liderança à Câmara de Lisboa nas eleições autárquicas. Culmina agora com um pedido de audição a Fernando Medina sobre o caso na Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas.
De acordo com o Público, este não é caso único, já que a autarquia lisboeta também partilhou dados de ativistas pró-Palestina com a embaixada de Israel, assim como outros com China e Venezuela.
(Notícia atualizada às 14h00 com a indicação de que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, também vai ser ouvido no Parlamento)
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