Criteria “foge” do BCE com venda do CaixaBank
A principal acionista do CaixaBank cumpre assim com o acordo celebrado com o BCE, passando a deter 40% do banco catalão. Com esta operação Criteria deixa de ser supervisionada pelo regulador.
A principal acionista do CaixaBank, Criteria vendeu 5,32% do banco catalão por 1.068 milhões de euros através de um processo de colocação acelerada reduzindo a sua participação de 45,3% para 40%. O objetivo da operação é reduzir a participação acionista no CaixaBank, de modo a deixar de consolidar as contas do banco avança o jornal espanhol Expansión.
Com esta operação, acordada com o Banco Central Europeu, a holding presidida por Isidro Fainé deixa de ser supervisionada pelo regulador europeu, que centrará a sua atenção apenas no CaixaBank. O acordo previa que a desconsolidação acontecesse até 31 de dezembro de 2017. Mas este não é o único ponto do acordo entre a holding detentora do CaixaBank e o supervisor europeu, uma vez que a holding fica também impedida de financiar-se através do banco, sendo que os seus administradores não poderão superar 40% do conselho de administração.
Com este processo de desconsolidação das contas do CaixaBank, a Fundação Bancária La Caixa fica também isenta de constituir um fundo de reserva para poder “acudir” a um possível resgate do banco, uma condição exigida pela nova lei de Cajas de Ahorro e Fundaciones Bancaria.
Esta é a segunda operação do género que a holding Criteria efetua depois de em dezembro passado ter alienado 1,7% do CaixaBank por 315 milhões de euros.
A operação que agora teve como bancos colocadores o Barclays, Citigroup, JP Morgan, Merril Lynch e Morgan Stanley realizou-se ao preço de 3,3572 euros por ação, um desconto de cerca de 3% face aos valores de mercado do banco liderado por Gonzalo Gortázar que está a comprar o BPI. A OPA ao banco português chega hoje ao fim.
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