Flexibilidade curricular e atividade física. As recomendações para a escola no pós-pandemia
O Conselho Nacional de Educação desenhou recomendações com base uma "visão da escola e da comunidade escolar como um todo, munida de autonomia".
Perante o impacto da pandemia na educação, que levou a que a sala de aula passasse para casa dos alunos e o professor chegasse através do ecrã, o Conselho Nacional de Educação (CNE) formulou uma série de recomendações para aplicar nas escolas no pós-pandemia. Conselhos tocam no currículos e práticas pedagógicas, mas também na formação dos professores e nas famílias e comunidades.
As recomendações “têm como base uma visão da escola e da comunidade escolar como um todo (wholeschoolapproach), munida de autonomia que lhe permita conduzir os processos tidos por necessários, e inserida em territórios com especificidades próprias, cujos recursos devem ser convocados na procura conjunta de respostas aos desafios impostos pela pandemia”, segundo explica o CNE, na recomendação publicada em Diário da República.
Quando a necessidade de aulas à distância desaparecer, o CNE aponta que “continuar a trabalhar de forma sistémica para manter a escola a funcionar em regime presencial deve ter na sua génese uma visão humanista e integrada da sua missão e da atuação dos diversos atores envolvidos no processo educativo”.
Entre as recomendações, encontra-se por exemplo que “se identifiquem aprendizagens estruturantes que não foram adquiridas ou consolidadas pelos alunos e se definam estratégias para obviar as situações mais graves, de preferência sem recorrer a “mais do mesmo” (que pode ir do aumento da carga letiva, à manutenção de estratégias pedagógicas fomentadoras da passividade dos alunos)”.
Deve também ser usada a “flexibilidade curricular para reforçar conhecimentos, capacidades e atitudes identificados como menos apreendidos e consolidados em anos letivos anteriores”. O CNE refere ainda que se deve ter “em especial atenção os alunos que irão frequentar em 2021/2022 o 3.º ano de escolaridade, ano charneira no seu percurso escolar”.
É também dada a nota para ser reforçada a atividade física e a prática desportiva, e se utilizem frequentemente atividades ao ar livre “de forma a obviar os tempos de sedentarismo e confinamento, a falta de socialização e as consequências negativas dessas vivências” para a saúde física e mental de crianças e jovens”.
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