1 em cada 2 trabalhadores europeus mais velhos e com poucos estudos está fora do mercado de trabalho

O nível de educação e o tipo de emprego têm um impacto considerável no emprego dos trabalhadores europeus com mais de 55 anos, indicam os dados divulgados pelo Eurostat.

Apesar de os níveis de desemprego serem mais elevados entre os mais jovens, é entre os trabalhadores europeus com mais de 55 anos que é mais comum estar fora do mercado de trabalho. De acordo com o Eurostat, mais de uma em cada duas pessoas com 55 a 64 anos, com baixos níveis de educação, está fora do mundo laboral.

No último ano, quase seis em cada 10 pessoas (59,6%) na referida faixa etária estavam empregadas, na União Europeia. Em comparação, entre os mais jovens (20 a 54 anos), essa fatia estava fixada nos 76,2%. Por outro lado, os níveis de desemprego entre os mais jovens eram mais elevados do que entre os mais velhos.

O Eurostat adianta, contudo, que a fatia de indivíduos fora do mercado de trabalho era maior entre estes últimos (55 a 64 anos) do que entre os primeiros (20 a 54 anos). De notar que quem está fora do mundo laboral não conta para o cálculo do desemprego, daí que, tudo somado, os mais jovens registem níveis de desemprego mais elevados.

De acordo com o Eurostat, no último ano, 51,3% das pessoas com 55 a 64 anos que contavam com baixos níveis de educação estavam fora do mercado de trabalho, fatia bastante superior à verificada entre as pessoas com 20 a 54 anos.

Aliás, o Gabinete de Estatísticas da União Europeia sublinha que o nível de educação tem um peso relevante no emprego dos indivíduos de todas as idades. “A taxa de emprego tanto para indivíduos mais ou menos jovens depende do seu nível de educação. Quanto mais elevado o nível de educação, mais elevada a taxa de emprego“, observa o Gabinete de Estatísticas da União Europeia, esta terça-feira.

Assim, em 2020, os jovens com baixos níveis de educação registaram uma taxa de emprego de 59,9%, aqueles que contavam com níveis de educação médios uma taxa de 75,7% e aqueles que contavam com níveis de educação elevados uma taxa de 85,7%. Do mesmo modo, enquanto 44% dos trabalhadores com 55 a 64 anos e baixos níveis de educação estavam empregados, entre aqueles com níveis de educação elevados essa taxa estava fixada em 75,6%.

Outro ponto determinante na análise do emprego entre os mais velhos é o tipo de ocupação. O Eurostat adianta que um em cada cinco trabalhadores mais velhos tem hoje uma profissão liberal, ocupação associada, por outro lado, a apenas um em cada 10 não empregados (desempregados ou fora do mercado). Já as ocupações nos serviços e vendas, por exemplo, estão mais representadas entre os não empregados do que entre os empregados.

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