Luís Filipe Vieira suspende funções como presidente do Benfica
Luís Filipe Vieira suspendeu as funções de presidente do Benfica. Advogado garante que "não é uma renúncia", mas uma suspensão enquanto a investigação atrapalhar exercício do cargo no clube.
Luís Filipe Vieira suspendeu as funções como presidente do Benfica e nas participadas do clube, com efeitos imediatos e enquanto o inquérito for um “fator de perturbação” no exercício dos cargos. A informação foi avançada num comunicado do próprio, lido pelo advogado Magalhães e Silva.
“O que Luís Filipe Vieira me encarregou de vos transmitir é muito claro: a partir deste momento, suspende as funções com presidente do Sport Lisboa e Benfica e das suas participadas”, disse o advogado aos jornalistas, à entrada para o Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa.
Esclareceu que se trata de uma suspensão e não uma renúncia mais permanente aos cargos que desempenha: “É uma suspensão enquanto o exercício de funções pudesse prejudicar o inquérito que está em curso”, precisou Magalhães e Silva.
Antes, o advogado leu um curto comunicado, em nome de Luís Filipe Vieira, que se encontra detido desde quarta-feira: “O Benfica está primeiro. Perante os eventos dos últimos dias no âmbito da operação cartão vermelho, em que sou diretamente visado e enquanto o inquérito em curso puder constituir um fator de perturbação, suspendo com efeitos imediatos o exercício das minhas funções como presidente do Sport Lisboa e Benfica bem como de todas as participadas do clube”.
No final do comunicado, Vieira deixou um apelo à serenidade dos sócios encarnados “na defesa do bom nome” do Benfica.
"Perante os eventos dos últimos dias no âmbito da operação cartão vermelho, em que sou diretamente visado e enquanto o inquérito em curso puder constituir um fator de perturbação, suspendo com efeitos imediatos o exercício das minhas funções como presidente do Sport Lisboa e Benfica bem como de todas as participadas do clube.”
Luís Filipe Vieira é um dos quatro detidos numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado e algumas sociedades, em que estão indiciados de “crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento”.
Ainda não são conhecidas as medidas de coação, mas o Ministério Público irá pedir a prisão preventiva para o presidente do Benfica e ainda que deixe de exercer funções no clube encarnado. O procurador Rosário Teixeira teme perigo de fuga de Luís Filipe Vieira.
(Notícia atualizada pela última vez às 11h29)
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