Portugal bateu recorde de mais de 60 mil testes à Covid por dia na primeira semana de julho
Dados cedidos ao ECO revelam, que entre 1 e 6 de julho, Portugal realizou 364.380 testes à Covid, o que dá uma média de 60 mil testes por dia e é o valor mais elevado desde o início da pandemia.
Só nos primeiros seis dias de julho foram feitos 364.380 testes à Covid-19 em Portugal, o que representa uma média de mais de 60 mil testes diários e o valor mais elevado desde o início da pandemia, segundo os dados cedidos pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) ao ECO.
Face à rápida disseminação da variante Delta, o Governo tem centrado a sua estratégia no reforço da vacinação contra a Covid, bem como no incentivo à testagem em massa, por forma a evitar danos mais pesados na Economia. Assim, e dado que os testes de despiste à doença são necessários para o acesso a cada vez mais espaços, o que levou o Executivo a comparticipar a 100% a realização de quatro testes por mês, a testagem tem aumentado nos últimos dias.
“Entre 1 e 6 de julho, foram realizados em Portugal 364.380 testes de diagnóstico à Covid”, dos quais 208.384 são testes PCR (57,2% do total) e 155.996 são testes rápidos de antigénio (42,8%), o que coloca o país com uma “média diária de 60.730 testes”, sinaliza a entidade liderada por Fernando de Almeida, em resposta ao ECO. Esta é, portanto, a média diária mais elevada desde o início da pandemia, superando a fasquia atingida em janeiro, no pico da terceira vaga, com cerca de 52 mil testes realizados por dia.
Este facto tinha sido também salientado pela ministra da Saúde na quarta-feira, na audição regimental da Comissão da Saúde, em que Marta Temido tinha garantido que “a campanha de testagem tem sido reforçada”, pelo que “nestes poucos dias de julho, a média diária de testes é a mais alta desde o início da pandemia”. O último relatório de monitorização das “Linhas Vermelhas”, divulgado na sexta-feira passada pelo INSA, já apontava para um aumento, avisando, no entanto, que dado o agravamento da pandemia a taxa de positividade se situava nos 3,2%, isto é, “mais próximo, do limiar definido de 4%”.
É possível também constatar que o número de testes tem aumentado progressivamente desde que arrancou o segundo desconfinamento, a 15 de março, ainda que no mês de maio se tenha verificado uma quebra. Em março, foram realizados em Portugal 866.283 testes à Covid, dos quais mais de 70% foram testes PCR (631.241) e apenas 27,1% testes rápidos de antigénio, o que significa uma média diária 27.945 testes por dia. Isto é, menos de metade da média da primeira semana de julho.
Já em abril, foram realizados 1.484.897 testes em Portugal, sendo que neste mês os testes rápidos de antigénio começaram a ganhar força, tendo sido feitos 702.049 testes (47,3% do total) e 782.848 testes PCR (52,7%). Feitas as contas, nesse mês foram feitos, em média, 49.497 testes por dia.
Ao mesmo tempo, durante todo o mês de maio foram feitos 1.236.934 testes, o que representa uma quebra de quase 248 mil testes face ao mês anterior. Deste total, 72,5% foram PCR (897.216) e 27,5% foram testes rápidos de antigénio (339.718). Contas feitas, são quase 40 mil testes por dia. Recorde-se que foi neste mês que Portugal entrou na terceira fase do plano de desconfinamento e quando começou a surgir um aumento mais acentuado de número de infeções, principalmente na região de Lisboa e Vale do Tejo.
Por fim, e no que diz respeito a junho, foram feitos mais de 1,5 milhão de testes em Portugal, dos quais cerca de um milhão PCR (65,6% do total) e 524.208 de antigénio (34,4%). Este valor significa uma média diária de 50.813 testes realizados, o que coloca este mês como o segundo mês com mais testes realizados, depois de janeiro (foram feitos mais de 1,6 milhão de teste nesse mês). O marco foi, entretanto, assinalado pelo INSA, através de uma publicação na rede social Twitter.
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