Subida da inflação assusta Wall Street, apesar dos bons resultados da banca

As bolsas norte-americanas estão a afastar-se dos recordes recentes. Os bons resultados de dois grandes bancos não chegam para impedir a queda.

Wall Street está no “vermelho”, a afastar-se dos recordes recentes. Os investidores estão a afastar-se de ativos de risco, como as ações, depois de ter sido revelado que os preços nos EUA dispararam, fazendo aumentar os receios quanto a uma subida de juros mais rápida por parte da Reserva Federal norte-americana.

Neste contexto, o S&P 500 está a cair 0,13%, para 4.378,75 pontos, enquanto o industrial Dow Jones cede 0,05%, para 34.979,78 pontos. O tecnológico Nasdaq recua 0,13%, para 14.713,82 pontos.

As negociações encontram-se condicionadas pela atualização da taxa de inflação publicada esta terça-feira pelo Departamento do Trabalho. O índice de preços no consumidor subiu 0,9% em junho e 5,4% face ao mesmo mês de 2020, superando largamente a estimativa de 4,9% apurada pela Bloomberg.

A inflação core, que exclui componentes voláteis como alimentos e energia e é atentamente seguida pela Fed, disparou 4,5% em termos homólogos, fazendo aumentar os receios de que a autoridade monetária venha a subir os juros mais rapidamente, travando o crescimento, o que acaba por impactar nas contas das empresas.

Do lado dos resultados de empresas, o JPMorgan Chase, o maior banco dos EUA, deu o tiro de partida e anunciou que o lucro do segundo trimestre mais do que duplicou face ao período homólogo, tendo atingido 11,95 mil milhões de dólares, acima do previsto pelos analistas. Mas as receitas caíram 8%, para 30,48 mil milhões de dólares, com o recuo das receitas com comissões nas negociações bolsistas e das margens na concessão de crédito. Os títulos da empresa caem 0,65%, para 156,98 dólares.

O Goldman Sachs, outro banco, também revelou que o lucro do trimestre passado disparou para 5,49 mil milhões de dólares, um desempenho melhor do que o esperado. Perde igualmente valor em bolsa, recuando 0,6%, para 378 dólares.

Uma nota final sobre a Virgin Galactic: a empresa que pôs o multimilionário Richard Branson no espaço continua a desvalorizar, apesar do sucesso do voo de teste. As ações recuam 6,29%, para 38,13 dólares, a somar à queda de 17,3% da sessão anterior.

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