PSD sobe mais do que o PS, mas está a 11,4 pontos de distância
A Intercampus revela novo empate entre o Bloco de Esquerda e o Chega, ambos com 9% das intenções de voto.
O PS continua a liderar as intenções de voto dos eleitores, mas é o PSD que regista a maior subida, de acordo com a sondagem da Intercampus para o Jornal de Negócios (acesso pago) e Correio da Manhã (acesso pago). Ainda assim com uma diferença de 11,4 pontos percentuais.
A sondagem dá 34,8% de intenções de voto no PS e de 23,4% no PSD, que subiu um ponto percentual face ao mês anterior. Estes valores confirmam a tendência já identificada pela sondagem da Aximage de liderança do PS, mas em ligeira queda, e de subida do PSD, mas ainda a grande distância (12 pontos, de acordo com o inquérito para o Diário de Notícias, Jornal de Notícias e TSF).
A Intercampus revela novo empate entre o Bloco de Esquerda e o Chega, ambos com 9% das intenções de voto. As sondagens têm demonstrado a grande proximidade entre as duas forças políticas, estando as diferenças sempre contidas entre as margens de erro. Esse é, aliás, um problema identificado por António Costa Pinto relativamente às conclusões a retirar das sondagens. “Não há diferenças nas intenções de voto porque tudo na margem de erro”, disse em declarações ao ECO. Mas ainda assim aponta para uma “previsível consolidação dos novos partidos à direita”.
Mas se a sondagem da Aximage revelava que Iniciativa Liberal e Chega já tinham em conjunto mais intenções de voto do que o Bloco de Esquerda e CDU, a da Intercampus não o mostra. Aliás, a maior queda é do Iniciativa Liberal que passa de quinta maior força política para sétima com 3,3%. As forças da direita no seu conjunto somam 38% das intenções de voto.
Adelino Maltez assinala também que, “pela primeira vez, há sinais de subida do PSD”, uma tendência que se deverá manter “se Rio não fizer asneira”. O politólogo considera que os social democratas estão a capitalizar o desgaste do Governo e a sucessão de episódios que têm afetado vários ministros, nomeadamente Eduardo Cabrita. Mas para Adelino Maltez a subida do PSD também revela que Rio está a “surfar melhor a onda dos acontecimentos”, seja apresentando um maior distanciamento entre a política e o futebol, na sequência do Operação Cartão Vermelho, que levou à demissão de Luís Filipe Vieira da liderança do Benfica, mas também porque André Ventura está “a perder a pedalada enquanto antissistema, o contra tudo e contra todos”. Além disso, o episódio com os deputados dos Açores do Chega pode permitir a Rio “galgar terreno sem virar à direita”, defende o investigador de ciência política.
Outra das grandes diferenças entre as das sondagens é o desempenho do CDS: a Aximage aponta para 0,9% das intenções de voto no partido de Francisco Rodrigues dos Santos, enquanto a Intercampus lhe 2,8%, ainda assim em queda face aos 3,% da sondagem anterior.
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