Empresas mais diversas significa melhor salário para CEO. Pelo menos nos Estados Unidos
Um inquérito a 100 empresas dos Estados Unidos revelou que métricas de diversidade corporativa começam a influenciar os salários dos líderes.
A diversidade e inclusão é um tema cada vez mais importante para as empresas. As equipas e o próprio negócio beneficiam das várias perspetivas que colaboradores diferentes podem trazer, mas também os próprios líderes podem ganhar com isso, literalmente. E nos Estados Unidos o tema da inclusão está a ganhar nova força com muitas empresas a envolver os líderes nesse processo de mudança: podem ganhar mais se tiverem empresas mais diversas.
Entre as 61 métricas utilizadas pelas empresas da Fortune 100 para relacionar a remuneração atribuída aos líderes com fatores ambientes, sociais ou de gestão, 14 delas – o equivalente a 23% – são métricas de diversidade, revela Nathan Grantz, analista de investigação sénior da consultora de compensação Equilar, citada pela Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).
“Os investidores e os principais interessados estão a colocar cada vez mais pressão sobre as empresas, e é por isso que estas métricas do ESG [environmental, social or governance factors] estão a tornar-se mais prevalecentes”, afirma Amit Batish, diretor de conteúdos da Equilar, acrescentando que o reforço da aposta pela diversidade e inclusão reflete os protestos da “Black Lives Matter”, do ano passado, bem como as desigualdades sociais que a pandemia da Covid-19 pôs a nu.
Os investidores e os principais interessados estão a colocar cada vez mais pressão sobre as empresas, e é por isso que estas métricas do ESG [environmental, social or governance factors] estão a tornar-se mais prevalecentes.
Nos Estados Unidos, a seguradora Allstate foi uma das empresas que acrescentou recentemente métricas de diversidade, com o objetivo de medir o desempenho dos executivos nesta matéria. E até estabeleceu bónus anuais para compensar os progressos.
Também a empresa americana de saúde CVS Health anunciou, em abril, que iria modificar, em até 10%, certos pagamentos aos líderes seniores, adicionando uma nova métrica para “avaliar o progresso na obtenção de uma maior representação de liderança diversificada”, em 2021.
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