Valor dos créditos em moratória cai para os 37,5 mil milhões de euros
Montante de crédito em moratória já encolheu em mais de 10 mil milhões face ao máximo de 48,1 mil milhões de euros registado em agosto do ano passado.
O crédito bancário em situação de moratória baixou em mais mil milhões de euros em junho face ao mês anterior, para um montante total de 37,5 mil milhões, de acordo com os dados do Banco de Portugal. Já se reduziu em mais de 10 mil milhões de euros face ao recorde.
Segundo as estatísticas do supervisor, a redução verificada em junho resultou do “decréscimo tanto dos empréstimos concedidos a particulares como a sociedades não financeiras, que diminuíram 0,3 e 0,6 mil milhões de euros, respetivamente”.
O saldo encolheu em mil milhões, menos do que a quebra registada no mês anterior. Mantém a tendência decrescente, registando-se uma redução de 10,6 mil milhões de euros face ao verão do ano passado, altura em que o montante em moratória chegou aos 48,1 mil milhões.
O Banco de Portugal recorda que “no mês de junho, terminaram as moratórias privadas dos empréstimos concedidos a particulares para outras finalidades que não habitação”, o que não teve, contudo, um impacto expressivo no saldo das moratórias. O fim das moratórias privadas para a habitação tiveram maior impacto em março.
Os créditos atualmente em moratória vão deixar de o estar em setembro. Contudo, já foram anunciadas medidas com vista a salvaguardar a estabilidade tanto de famílias como de empresas.
No caso das famílias, o Governo avançou com um projeto de lei que estabelece mecanismos específicos para os clientes particulares que continuam com empréstimos em situação moratória devido às complicações provocadas pela crise pandémica.
Além disso, o Executivo também vai fazer alterações ao regime relativo à prevenção e regularização das situações de incumprimento de contratos de crédito, criado em 2012, o qual já obriga, de resto, os bancos a proporem soluções aos clientes que comprovem estar em dificuldade financeira, no sentido de evitar que percam as suas casas, por exemplo.
No caso das empresas, já tinha sido revelado pelo ministro da Economia, Siza Vieira, que o Estado vai garantir 25% do crédito sob moratória às empresas dos setores mais afetados pela pandemia que acordem com os respetivos bancos uma reestruturação da dívida após o final das moratórias, em 30 de setembro.
(Notícia atualizada às 11h22 com mais informação)
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