Paulo Leite ainda não desistiu da Groundforce e fala em “novo rumo”
Ex-CEO da Groundforce diz que a decisão do tribunal demonstra que "não há caminho para Casimiro" na Groundforce. Abre um "rumo" para a empresa, mas é preciso capital. E Paulo Leite diz que tem.
A Groundforce foi declarada insolvente. Paulo Neto Leite, ex-CEO da Groundforce, considera que a decisão do Juízo de Comércio do Tribunal da Comarca de Lisboa vem demonstrar que “não há caminho para Alfredo Casimiro”. Diz, em declarações ao ECO, que fica “feliz” por a empresa de handling estar a ter um rumo, lembrando a importância que tem para o país. E que ainda pode ser parte da solução para a Groundforce, embora “haja opções que outros preferem”.
“Quando a TAP avançou com o pedido de insolvência, aquele era o retrato” da empresa de handling, que tinha dívidas avultadas. Mas alerta que “fez-se uma fotografia no pior momento”, salientando que o retrato foi em maio, antes daqueles que habitualmente são os melhores meses para o negócio da Groundforce. Diz que já foram pagos os montantes em dívida à TAP, mas também à ANA.
Neste sentido, diz que este “processo não acabou” com a decisão do tribunal. Lembra que Alfredo Casimiro já disse que vai recorrer, ainda que o recurso não tenha efeitos suspensivos da decisão, mas admite estar “feliz” que a empresa “esteja a ter um rumo e um fim”. E nota que “não há caminho para Alfredo Casimiro”.
O importante é que haja uma solução” para a companhia, diz Neto Leite, lembrando que esta “é uma empresa fundamental para o setor — 67% dos passageiros que aterram em Lisboa são atendidos pela Groundforce”. E admite vir, ainda, a fazer parte da solução, apesar do processo de insolvência que retira poder ao Montepio, que tinha penhor sobre os 50,1% da Pasogal na Groundforce, com quem o empresário tem estado a negociar.
"Há soluções em cima da mesa, e há opções que outros preferem. Entendo que todos queiram um player internacional [para a Groundforce].”
Neto Leite reconhece que com a insolvência a empresa “deixa de ser dos acionistas, passa a ser dos credores”, mas lembra que será necessário capitalizá-la. E diz que tem capital para isso. Afirma que a solução que encabeça “tem capital” e “tem o apoio dos trabalhadores”, que nos últimos meses viveram momentos de aflição, com salários em dúvida ou pagos a prestações.
“Há soluções em cima da mesa. E há opções que outros preferem”, atira. “Entendo que todos queiram um player internacional” para tomar conta da Groundforce, até porque “ninguém vai apontar o dedo a ninguém se daqui a um ano correr mal com uma Swissport”. Mas lembra que com o contrato de concessão existente, que tem um ano de validade, uma “empresa internacional não vai querer”. “Só estendendo o contrato” será atrativo.
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