Insolvências caem 1,3% em julho, mas sobem 11,6% nos primeiros sete meses

  • Lusa
  • 6 Agosto 2021

Nos primeiros sete meses de 2021, os setores com maiores incrementos nas insolvências foram o da Eletricidade, Gás, Água (+160%), Telecomunicações (+75%) e Hotelaria e Restauração (+60%).

As insolvências diminuíram para 382 em julho, menos 1,3% do que as registadas no período homólogo de 2020 (387), mas em termos acumulados subiram 11,6% face aos primeiros sete meses do ano passado, refere um estudo divulgado esta sexta-feira.

Segundo o estudo da Iberinform divulgado esta sexta-feira, foram registadas 3.129 insolvências até final de julho de 2021.

A Iberinform indica também que surgiram 3.052 novas empresas em julho, menos 190 empresas, ou 5,9%, do que no mesmo mês de 2020, e 24.134 novas empresas nos primeiros sete meses, mais 2.623 empresas, ou 12,2%, do que em igual período do ano passado.

Nos primeiros sete meses deste ano e face ao período homólogo de 2020, na análise por tipo de ação, a Iberinform salienta um aumento de 13% das Declarações de Insolvência Requeridas (DIR), que ascenderam a 606, enquanto as Declarações de Insolvência Apresentadas (DIA) pelas próprias empresas decresceram 3,1% (de 648 em 2020 para 628).

Os encerramentos com Plano de Insolvência evoluíram de 28 em 2020 para 38 em 2021 (+35,7%), enquanto os encerramentos com declaração de insolvência totalizaram 1.857, valor que traduz mais 264 ações do que em 2020 (incremento de 16,6%), adianta a Iberinform.

Os distritos do Porto e de Lisboa foram os que apresentaram um maior número de insolvências, com 783 e 736, respetivamente, que refletem aumentos de 27,8% e 11,4% face ao mesmo período de 2020.

Em termos percentuais, os distritos com maiores incrementos nas insolvências são: Vila Real (+87,5%); Guarda (+68,8%); Coimbra (+40%); Castelo Branco (+34,1%); Portalegre (+29,4%); Setúbal (+23,1%), Ponta Delgada (+19%), Braga (+14,4%) e Madeira (+11,6%).

No total, 14 distritos apresentam um incremento nas insolvências (63,6%).

Com redução neste indicador, a Iberinform refere os distritos de Angra do Heroísmo (-55,6%), Horta (-50%), Bragança (-47,6%), Beja (-28,6%), Faro (-28,2%), Évora (-20,7%) e Santarém (-13,9%).

O distrito de Viana do Castelo apresenta-se sem alteração face a 2020 (54 insolvências).

Nos primeiros sete meses de 2021, os setores com maiores incrementos nas insolvências foram o da Eletricidade, Gás, Água (+160%), Telecomunicações (+75%), Hotelaria e Restauração (+60%), Indústria Extrativa (+60%), Agricultura, Caça e Pesca (+26,5%), Construção e Obras Públicas (+21,5%), Comércio de Veículo (+15%) e Outros Serviços (+11,8%).

Os setores da Indústria Transformadora (-0,8%) e dos Transportes (-13,6%) foram os únicos que registaram uma diminuição das insolvências.

Em relação à constituição de novas empresas, a Iberinform refere que no distrito de Lisboa já foram constituídas 7.347 novas empresas até julho deste ano, mais 8,38% do que em igual período de 2020, enquanto no distrito do Porto os valores atingiram 4.409 empresas, mais 12,5%.

Com exceção de Vila Real, que registou um decréscimo de 9,3%, todos os outros distritos registam um aumento de novas empresas, sendo os mais relevantes os registados em Bragança (+54,9%), Horta (+52,6%), Madeira (+52%), Viana do Castelo (+22,4%), Guarda (+21,7%), Leiria (+20,7%), Angra do Heroísmo (+20,3%), Santarém (+18,2%), Beja (+18%), Évora (+17,6%) e Viseu (+16,4%).

Por setores, a criação de novas empresas é mais significativa no Comércio a Retalho (+33,6%) e Indústria Extrativa (+33,3%), que foram seguidos pela Agricultura, Caça e Pesca (+25,4%), Outros Serviços (+18,3%) e Construção e Obras Públicas (+17,7%).

Apenas os setores dos Transportes (-32,5%) e Eletricidade, Gás, Água (-13,3%) apresentam variação negativa da constituição de novas empresas.

A Iberinform é a filial da Crédito y Caución que oferece soluções de gestão de clientes para as áreas financeiras, de ‘marketing’ e internacional.

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