Universidades nos EUA querem estudantes vacinados. Oferecem bolsas de estudo até 25.000 dólares

Com o disparo de infeções com a variante Delta, há universidades nos EUA dispostas a pagar pela segurança dos alunos. Oferecem bolsas de estudos de milhares de euros para incentivar a vacinação.

Já a prepararem o regresso às aulas e o início do semestre, algumas faculdades nos Estados Unidos estão a dar aos estudantes um incentivo extra para se vacinarem, distribuindo bolsas de estudo que podem chegar aos 25.000 dólares, o equivalente a cerca de 21.214 euros.

Mais de 600 faculdades nos Estados Unidos da América (EUA) estão a exigir que estudantes e funcionários que regressem às aulas já vacinados contra a Covid-19. Outras escolas ainda não tornaram a vacina um requisito obrigatório, no entanto estão a recorrer a todos os meios – até financeiros – para incentivar a vacinação, avança o Money (acesso livre, conteúdo em inglês).

Com o disparo de infeções com a variante Delta, as universidades estão dispostas a pagar pela segurança dos estudantes. A Ohio Wesleyan University, por exemplo, abriu 50 vagas extra para os estudantes que estão já vacinados, e promete atribuir a cada um, pelo menos, 25.000 dólares através de uma bolsa de estudos. O valor cobre metade do montante total das propinas anuais, que rondam os 50.000 dólares.

Já na University of Wisconsin, 70% dos estudantes serão vacinados até meados de outubro e, também, inscritos num sorteio de 70 bolsas de estudos, cada uma no valor de 7.000 dólares, cerca de 5.939 euros.

Na Central Michigan University, os estudantes que já estão vacinados também podem participar num concurso para ganhar uma bolsa de estudo. Há bolsas por atribuir, sendo que cobrem o valor total de propinas anuais.

O objetivo principal destas universidades é incentivar os jovens a tomarem a vacina, uma das “armas” mais poderosas no combate contra o Covid-19.

“Com residências, refeitório, salas de aula e estudantes que chegam de todo o país, os campus universitários quase que parecem concebidos para a propagação de vírus”, escreve a publicação. Como se isso não bastasse, as faculdades enfrentam uma batalha difícil para convencer os jovens a obter a vacina. Um estudo recente indica que um quarto dos jovens não vacinados nos EUA diz ser “improvável” que alguma vez opte por tomar a vacina. E mais de metade dos americanos, entre os 12 e os 17 anos, permanecem sem vacinação.

Nos EUA, a propagação da Covid-19 levou o presidente Joe Biden a admitir que está a ser considerada a obrigatoriedade da vacina para todos os funcionários federais.

No mundo corporativo há empresas que começam também a exigir aos seus colaboradores a vacinação completa. A Google, o Washington Post, a Netflix e a Uber são algumas das organizações que já deram o sinal ao mercado, pedindo aos seus funcionários o certificado de vacinação como requisito para voltarem aos escritórios.

Em Portugal, as empresas não se identificam com este cenário. Preferem recorrer à testagem mais frequente e a medida de incentivo à vacinação. Ter a vacina Covid não é requisito obrigatório no regresso aos escritórios portugueses.

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