AHRESP critica “timing” de agenda laboral do Governo

Para a AHRESP, o foco deveria estar nos mecanismos capazes de garantir a sobrevivência das empresas e, em consequência, dos postos de trabalho.

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) reconhece mérito nas propostas laborais avançadas pelo Governo no âmbito da agenda do trabalho digno, mas critica o seu timing, considerando que “todos os recursos” deveriam estar concentrados, neste momento, nos mecanismos para a sobrevivência das empresas e, consequência, preservação do emprego.

“Sem menosprezar o mérito das temáticas constantes da agenda do trabalho Digno e valorização dos jovens no mercado de trabalho, a AHRESP não pôde deixar de questionar a oportunidade desta análise e eventual alteração, numa fase em que a principal preocupação das empresas é a sua sobrevivência, pois só através dela se pode criar riqueza e manter postos de trabalho“, sublinha a associação, num boletim divulgado esta sexta-feira.

A AHRESP defende que as empresas do turismo — particularmente, as do alojamento, restauração e bebidas — são “indiscutivelmente das mais afetadas pela situação pandémica“, pelo que, neste momento, “e nos tempos mais ou menos próximos” o foco deveria estar nos mecanismos que possam garantir a sobrevivência das empresas “e, em consequência, na manutenção dos postos de trabalho”.

A agenda do trabalho digno foi apresentada pelo Governo aos parceiros sociais no final de julho e inclui propostas pretendem combater a precariedade, evitar os abusos na contratação a termo, no período experimental e no trabalho temporário, lutar contra o trabalho não declarado e proteger os trabalhadores estudantes e os estagiários.

Patrões, sindicatos e Governo voltarão a discutir estas propostas a 3 de setembro, tendo os parceiros sociais já enviados os seus parceiros ao Executivo. De ambos os lados, ouvem-se críticas: os sindicatos apelam a que o Governo vá mais longe e os patrões criticam os passos assumidos pelo Governo e pedem flexibilidade.

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