Endividamento da economia encolhe em julho. Peso no PIB desce pela primeira vez na pandemia
O endividamento dos cidadãos, empresas e Estado desceu 1,2 mil milhões de euros em julho. No segundo trimestre, o peso no PIB baixou para os 367,9%.
O endividamento da economia portuguesa (todos os agentes económicos exceto a banca) desceu 1,2 mil milhões de euros em julho, face ao mês anterior, fixando-se nos 761,3 mil milhões de euros, mostram os dados do Banco de Portugal. Este é um alívio para a dívida dos cidadãos, Estado e empresas portuguesas, depois do recorde alcançado em junho.
“Em julho de 2021, o endividamento do setor não financeiro (administrações públicas, empresas e particulares) diminuiu 1,2 mil milhões de euros em relação ao mês anterior, para 761,3 mil milhões de euros“, lê-se na nota de informação estatística divulgada pelo banco central.
Esta queda do endividamento da economia portuguesa é explicado pela redução do endividamento do setor público, ou seja, das administrações públicas (Estado) e das empresas públicas, o qual encolheu 3,2 mil milhões de euros, entre junho e julho, para os 347,3 mil milhões de euros.
Já o endividamento do setor privado aumentou dois mil milhões de euros para os 414 mil milhões de euros, tanto por causa das empresas como dos particulares. No caso das empresas privadas o aumento foi de 1,5 mil milhões de euros enquanto no caso dos particulares foi de 500 milhões de euros.
Endividamento continua a ser maior no setor público, seguido das empresas e particulares
“No final de julho de 2021, as empresas do comércio e das indústrias eram as que mais contribuíam para o endividamento das empresas privadas“, acrescenta o Banco de Portugal, especificando que “o seu endividamento representava, respetivamente, 17,6% e 17,1% do total”. “Seguiam-se as empresas dos setores das atividades imobiliárias (11,7%) e da eletricidade, gás e água (10,2%)”, completa.
No caso dos particulares, o endividamento total aumentou 2,8% (tinha aumentado 2,7% em junho de 2021), o que é a maior taxa desde abril de 2009.
Desde o início do ano, o endividamento da economia portuguesa acumula um aumento de 13,9 mil milhões de euros.
Peso do endividamento da economia no PIB desce pela primeira vez na pandemia
Em termos percentuais, face ao PIB, o endividamento da economia fechou o segundo trimestre de 2021 nos 367,9% do PIB, abaixo dos 375,87% do PIB do primeiro trimestre mas acima dos 354,41% do PIB do trimestre homólogo.
O rácio do endividamento tinha vindo a cair nos últimos anos, mas essa trajetória foi interrompida pela pandemia. A crise pandémica levou a um maior endividamento para amparar o impacto das restrições económicas, mantendo os agentes económicos à tona.
(Notícia atualizada às 11h30 com mais informação)
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