Hugo de Matosinhos é o primeiro aluno 5G em Portugal

A Escola Secundária João Gonçalves Zarco, em Matosinhos, já tem rede 5G da Nos para projetos piloto na área educativa. Acordo com a Ericsson assegura “soluções de vanguarda" para esta experiência.

Hugo Escaleira sentou-se esta manhã numa sala de aulas em Matosinhos, colocou os óculos de realidade virtual na cara, segurou nas mãos um comando para controlar remotamente um robô equipado com uma câmara 360º e realizou uma visita de estudo virtual e em tempo real ao Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva, em Lisboa, a mais de 300 quilómetros de distância.

Atualmente a frequentar uma das turmas do 12.º ano de Ciências e Tecnologias na Escola Secundária João Gonçalves Zarco, em Matosinhos, com o sonho confessado ao ECO de entrar no próximo ano letivo no curso de Física na Universidade do Porto, este jovem matosinhense, um entusiasta das tecnologias, tornou-se esta terça-feira o primeiro aluno 5G em Portugal.

Esta experiência imersiva em que Hugo Escaleira assistiu a uma experiência com lentes óticas, a outra com uma esfera de plasma e ainda a uma simulação sobre como se forma um tornado, foi a primeira demonstração pública possibilitada pela rede 5G instalada pela Nos nesta escola do norte do país, frequentada por 1.320 alunos, para o desenvolvimento de projetos-pilotos na área da educação.

Hugo Escaleira realizou uma visita de estudo virtual e em tempo real ao Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa.D.R. 28 Setembro, 2021

Apresentada como “a primeira Escola 5G do país” e sediada num concelho que acolhe a primeira Zona Livre Tecnológica (ZLT) e onde a empresa de telecomunicações tem feito outras experiências, a secundária João Gonçalves Zarco passa a estar dotada da mais avançada rede de comunicações móveis “para que toda a comunidade escolar possa, desde já, começar a tirar partido da tecnologia que promete revolucionar todos os setores críticos da sociedade”.

Acordo com Ericsson para “soluções de vanguarda”

Presente em Matosinhos, o administrador da Nos, Manuel Ramalho Eanes, assinou um protocolo com a Ericsson, que reclama a liderança mundial a nível de patentes no 5G, em que as duas companhias se propõem “desenvolver em conjunto as soluções suficientes para que se tire partido pleno da tecnologia 5G no contexto educativo e para a aprendizagem”.

“A Nos disponibiliza os seus recursos tecnológicos à escola, compromete-se a criar um road map de projetos que corporize esse avanço e também a disponibilizar as plataformas e competências para acelerar essas inovações”, resumiu o administrador executivo da área empresarial, que recusou “fazer prognósticos” sobre o leilão 5G.

Lembrando que “as redes móveis vão ter um papel transformador na forma como os estudantes se conectam com os estabelecimentos escolares”, Sofia Vaz Pires, CEO da Ericsson Portugal, assumiu o “compromisso de trazer todas as soluções e recursos de vanguarda disponíveis no grupo para tornar o 5G uma realidade nesta escola, para trazer novas formas de aprendizagem e para eliminar as barreiras tradicionais, que tipicamente existiam no acesso à informação”.

José Ramos, diretor da Escola Secundária João Gonçalves Zarco; Sofia Vaz Pires, CEO da Ericsson Portugal; e Manuel Ramalho Eanes, administrador da Nos.D.R. 28 Setembro, 2021

Na primeira cerimónia em que participou no exterior do município depois da reeleição nas autárquicas deste domingo, Luísa Salgueiro prometeu “manter a educação como uma prioridade na intervenção local”. A presidente da Câmara de Matosinhos disse ser “especial” liderar “o primeiro concelho 5G do país e que tem a primeira ZLT, o que significa que [a cidade] está preparada para testar todos os modelos de inovação, assim que a legislação o permita, como é o caso da condução autónoma”.

O diretor da escola, José Ramos, confessou “grande expectativa” com este projeto, até porque, lembrou, “hoje é mais importante o processo de aprendizagem do que o modelo de ensino”. “Acredito que as novas tecnologias, como o 5G e o 6G, consigam transplantar os alunos da sala de aulas para o mundo inteiro, onde as coisas acontecem. Desta forma, os alunos têm maior capacidade de aprendizagem e de retenção das aprendizagens”, concluiu.

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