Espanha aprova subida do salário mínimo para 965 euros
Conselho de Ministros espanhol deu "luz verde" a um aumento de 15 euros no salário mínimo para 965 euros, que terá efeitos retroativos a 1 de setembro.
O Governo espanhol aprovou esta terça-feira em Conselho de Ministros a subida do salário mínimo para os 965 euros, o equivalente a um aumento de 15 euros face ao valor atual. De acordo com a imprensa espanhola, este aumento tem efeitos retroativos a 1 de setembro.
A vice-presidente do Governo, também ministra do Trabalho e Economia Social, Yolanda Díaz, defendeu em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros que esta medida surge no âmbito de uma “recuperação justa”.
O Governo e os sindicatos fecharam o acordo para esta subida há duas semanas, estabelecendo também uma “revisão progressiva” em 2022 e 2023, até alcançar os 1.000 euros, ou seja, 31 euros por cada ano. Contudo, algumas entidades patronais ficaram à margem deste acordo por considerarem que não é altura para aumentar o salário mínimo, dado que a economia espanhola está numa fase inicial de recuperação.
No entanto, há quem quisesse mais. O secretário-geral da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Pepe Álvarez, referiu que um aumento de 15 euros é uma “miséria”, avisando ainda o Governo que não irá assinar mais acordos se o salário não aumentar para 1.000 euros antes de 2022. “É preciso dizer a verdade: os 15 euros são uma ninharia num país com uma inflação de 3%”, disse, em declarações à Rádio Nacional de Espanha (RNE).
“Ou a 1 de janeiro de 2022 o salário mínimo está nos mil euros ou, pelo menos com a UGT, os pactos acabaram”, acrescentou, num aviso ao Governo. Pepe Álvarez considera que o Executivo concordou com este aumento porque “foi absolutamente esmagado pela pressão sindical, social e dentro do próprio Governo”.
Desde que Pedro Sánchez assumiu o Executivo espanhol, em junho de 2018, após uma moção de censura ao Governo de Mariano Rajoy, o salário mínimo nacional passou de 735 para os atuais 965 euros.
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