De Lisboa a Pequim. Caiado Guerreiro aposta em novos mercados

João Caiado Guerreiro, managing partner da Caiado Guerreiro, esteve à conversa com a Advocatus e contou todos os pormenores sobre a parceria com a Jingsh Law Firm, escritório chinês.

A Caiado Guerreiro assinou recentemente um acordo de cooperação com um dos maiores escritórios de advogados chineses, a Jingsh Law Firm. Esta firma tem vindo a construir um modelo de desenvolvimento de dupla via “nacional + internacional” e conta atualmente com 8.165 colaboradores a nível nacional, 51 escritórios na China e 13 escritórios no estrangeiro.

À Advocatus, João Caiado Guerreiro, managing partner da Caiado Guerreiro, explicou que o principal motivo para a sociedade ter dado este passo foi a procura do melhor apoio legal possível para os seus clientes.

“A China é hoje um mercado muito importante para todos: é a maior ou a segunda maior economia do mundo, dependendo do critério que se utilize. Com esta parceria os nossos clientes que precisem de assistência jurídica especializada têm acompanhamento junto de uma firma de renome na China, com escritórios em 47 cidades Chinesas, e parcerias com mais de 300 firmas de advocacia locais na China. Não nos podemos esquecer que a China tem uma dimensão continental: 1.400 milhões de habitantes (cerca de três vezes a população da União Europeia)”, referiu.

João Caiado Guerreiro, managing partner da Caiado GuerreiroHugo Amaral/ECO

A Caiado Guerreiro, para além da nova firma chinesa, possui vários parceiros internacionais espalhados pelos vários continentes. João Caiado Guerreiro considera assim que a advocacia não se resume à prática apenas dentro do território nacional, mas implica antes, devido à globalização, uma cooperação em transações internacionais.

Criar este tipo de relações com firmas internacionais dá-nos um acesso mais direto ao mercado de outros países e dá-nos a oportunidade de expandir a nossa atividade e desenvolver novas oportunidades de trabalho e de negócio. Quando nos abrimos ao exterior e cooperarmos com entidades lá fora, as oportunidades surgem naturalmente”, sublinha.

"A pandemia, depois do choque inicial rapidamente ultrapassado, representou para a Caiado Guerreiro uma oportunidade de crescimento e creio que soubemos aproveitar e explorar a situação de forma eficaz.”

João Caiado Guerreiro

Managing partner da Caiado Guerreiro

Sobre a relação com a Jingsh Law Firm, o líder da Caiado Guerreiro confessa ser um modelo de parceria, “não exclusiva”, sugerindo os serviços do escritório parceiro. Em Pequim, estará um advogado português da Caiado Guerreiro e, em Lisboa, um advogado da Jingsh Law Firm.

“Vale a pena continuar a crescer nas tecnologias”

A operar há 42 anos, João Caiado Guerreiro faz um balanço “extremamente positivo” das primeiras quatro décadas. Para o managing partner, a firma é hoje uma “referência no mercado”, com base no esforço de todos os envolvidos ao longo dos anos.

Temos bem presente os nossos valores e princípios, mas sempre com uma visão de futuro em que servimos os nossos clientes com o máximo detalhe e lhes retribuirmos da melhor forma a total confiança que nos têm depositado, utilizando sempre as melhores e mais modernas ferramentas ao nosso dispor”, assegura.

João Caiado Guerreiro, managing partner da Caiado GuerreiroHugo Amaral/ECO

Ainda que nem todos os objetivos inicialmente delineados tenham sido cumpridos até ao momento, João Caiado Guerreiro sublinha que a maioria deles foram. A expansão internacional e o crescimento “constante” foram alguns dos objetivos cumpridos evidenciados pelo líder.

“Temos vários advogados na equipa que são uma referência nas respetivas áreas. Recebemos frequentemente distinções e reconhecimentos pelo nosso trabalho, tanto da parte de diretórios internacionais como dos nossos próprios clientes e com isto tudo tornamo-nos numa referência no mercado de advocacia português e internacional, particularmente nos países lusófonos”, acrescentou.

Áreas como a de direito societário, comercial, bancário, fiscal, contencioso e arbitragem, imobiliário e laboral têm contribuído fortemente para o crescimento da firma. João Caiado Guerreiro admite também que têm registado uma “forte sedimentação” das áreas relacionadas com investimento estrangeiro, como a imigração, e outras que têm tido particular relevância como propriedade intelectual, direito da saúde e tecnologias.

Escritório da Caiado GuerreiroHugo Amaral/ECO

“Vale a pena continuar a crescer nas tecnologias, porque estão a alterar as nossas vidas e é uma área que está em constante renovação e expansão. Algumas áreas nas quais apostamos há algum tempo são as de energias renováveis, a saúde e canábis, cibersegurança e proteção de dados, e áreas ligadas a tecnologias como drones, inteligência artificial, criptomoedas e NFTs”, explicou.

Com uma equipa de mais de 120 advogados, o managing partner sublinha que o foco da sociedade é o cliente e em oferecer um serviço de excelência, diferenciado e adequado às suas necessidades, questões e projetos.

“A Caiado Guerreiro conta com profissionais extremamente qualificados e com um sentido de rigor e responsabilidade que quotidianamente têm merecido a confiança dos nossos clientes. Desde sempre que preferimos apostar numa equipa jovem e dinâmica, numa estratégia de crescimento orgânico e numa política de meritocracia. E esta forma de organização tem funcionado de forma bastante positiva para o nosso crescimento e expansão”, acrescentou.

João Caiado Guerreiro, managing partner da Caiado GuerreiroHugo Amaral/ECO

Para os próximos dez anos, João Caiado Guerreiro perspetiva que mantenham a capacidade de adaptabilidade aos desafios colocados sempre apoiados com uma equipa dinâmica e orientada para a inovação nos serviços que prestamos. “Estou seguro de que as sucessivas apostas na formação dos nossos colaboradores, sobretudo dos mais jovens, juntamente com a sua especialização do saber jurídico, terá um reconhecimento futuro no crescimento da Caiado Guerreiro”, nota.

Acredita ainda que daqui a uns anos, a firma esteja mais inovadora, mais eficiente, com mais força no mercado e que a inteligência artificial esteja mais presente do que está hoje.

Pandemia foi uma oportunidade de crescimento

Desde o início do ano de 2020 que os tempos mudaram e tornaram-se instáveis por conta da pandemia Covid-19. Várias empresas abriram falência, pessoas ficaram desempregadas e vários setores foram fortemente afetados. Ainda assim, o setor da advocacia tem conseguido manter-se estável.

Na Caiado Guerreiro, a pandemia também teve impacto, sendo principal na repentina adaptação a novas formas de trabalho. Ainda assim, o managing partner assegura que a firma se adaptou bem aos desafios colocados, sublinhando que a unidade e coesão das equipas foi fundamental para superar um certo nível de distância a que fomos sujeitos.

Escritório da Caiado GuerreiroHugo Amaral/ECO

“A pandemia, depois do choque inicial rapidamente ultrapassado, representou para a Caiado Guerreiro uma oportunidade de crescimento e creio que soubemos aproveitar e explorar a situação de forma eficaz. No mundo “online” não há distância e nesse mundo Portugal já não é um país periférico”, explicou.

Atualmente, o principal desafio que enfrentam é manter os clientes e parceiros satisfeitos com a qualidade do serviço que oferecem. “Temos a ambição de crescer de forma sólida e segura, sempre com o cuidado de nos adaptarmos às mudanças e novidades que são normais na nossa sociedade. Diria que as prioridades são a constante atualização do nosso conhecimento jurídico, manter a equipa motivada e diligente, renovar as nossas infraestruturas sempre que necessário, antecipar e perceber as necessidades de um mercado em constante expansão e apostar na inovação tecnológica, sempre que possível”, conclui.

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