Um quarto dos trabalhadores tem qualificações a mais para o emprego que tem
Estudo indica que, para além de características específicas dos trabalhadores diplomados, há também dificuldade em encontrar empregos adequados ao nível de qualificação.
Portugal registava, em 2016, cerca de um quarto dos trabalhadores (23,6%) com qualificações mais elevadas do que as necessárias para o trabalho que efetivamente desempenhavam. De acordo com um estudo do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, citado pelo Público (acesso condicionado), para além de a área de estudos dificultar na procura de emprego, fatores relacionados com o lado da procura também são um obstáculo.
O estudo, que vai ser apresentado esta segunda-feira durante o lançamento do Observatório do Emprego Jovem (OEJ), em Lisboa, conclui que Portugal é o segundo país europeu com o nível mais elevado de sobrequalificação dos trabalhadores, ficando apenas atrás da Grécia (23,7%). As conclusões dizem que o mercado de trabalho nacional não tem conseguido absorver o elevado número de jovens que nos últimos anos saíram das universidades.
As principais razões têm a ver com o peso reduzido das indústrias e dos serviços de alta tecnologia na economia — dos mais baixos da União Europeia –, mas também com a fraca capacidade de contratação do setor público, muito limitada pela políticas de austeridade.
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