Ministro diz que emprego está a ser criado para qualificações mais elevadas
Ministro do Trabalho reage às declarações da Comissão Europeia. Emprego está a ser "criado principalmente para qualificações pelo menos escolares mais altas" e há sinais de recuperação salarial.
A Comissão Europeia avisou que Portugal está a criar emprego em setores com qualificações e salários baixos mas o ministro do Trabalho tem uma leitura diferente. O emprego está a ser criado sobretudo para qualificações mais elevadas e há sinais de recuperação salarial, diz Vieira da Silva.
“Que o nosso emprego tem ainda níveis salariais baixos não é nenhuma novidade, agradecemos o contributo da Comissão Europeia mas já o sabemos; que existem baixos níveis de qualificação é verdade mas, se olharmos para os movimentos de criação e destruição do emprego, vemos que ele está a ser criado principalmente para qualificações pelo menos escolares mais altas, isso é absolutamente indiscutível”, referiu o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social à margem da conferência sobre o Orçamento do Estado para 2018, organizada pela Ordem dos Economistas.
"Que o nosso emprego tem ainda níveis salariais baixos não é nenhuma novidade, agradecemos o contributo da Comissão Europeia mas já o sabemos; que existem baixos níveis de qualificação é verdade mas, se olharmos para os movimentos de criação e destruição do emprego, vemos que ele está a ser criado principalmente para qualificações pelo menos escolares mais altas, isso é absolutamente indiscutível”
Vieira da Silva nota ainda que “há sinais de recuperação a nível salarial, por exemplo na contratação coletiva, ao contrário do que aconteceu nos últimos anos”. E mesmo os novos contratos “estão ser celebrados com valores claramente acima, idênticos ao do crescimento do salário mínimo”, concluiu.
O ministro reagia assim às declarações de um porta-voz da Comissão Europeia que, ao Diário de Notícias, apontou para a elevada proporção de empregos criados em setores de qualificações e salários baixos. “Em 2017, o abrandamento verificado nos custos unitários do trabalho deveu-se, principalmente, ao facto de o crescimento dos salários ter continuado a ser lento. Isto pode ser explicado pela elevada proporção de empregos a ser criados em setores com perfis de baixas qualificações e salários abaixo da média”, disse o porta-voz da CE, citado pelo DN.
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