“Blue Bio Value” vai acelerar 18 startups. O prémio final é de 45.000 euros
Leite feito a partir de algas, bioplásticos para substituir embalagens e um produto capilar com ingredientes da Ria Formosa. Estes são alguns dos produtos desenvolvidos pelas startups selecionadas.
O programa “Blue Bio Value”, promovido pela Fundação Oceano Azul e pela Fundação Calouste Gulbenkian, vai acelerar 18 startups ligadas à bioeconomia azul, provenientes de dez países, incluindo Portugal. Na sua quarta edição, o programa de aceleração recebeu 80 candidaturas provenientes de 28 países dos cinco continentes.
“Ao oferecer soluções inovadoras que não degradam a natureza e contribuem para a descarbonização da economia, as startups aceleradas no ‘Blue Bio Value’ são uma prova de que um novo modelo económico é possível. O caminho da mudança passa por construir uma economia azul sustentável, renovável, neutra em carbono e sem resíduos”, afirma Ana Brazão, gestora deste projeto na Fundação Oceano Azul, em comunicado.
Leite vegetal produzido a partir de algas, bioplásticos para substituir embalagens e um produto capilar com ingredientes naturais da Ria Formosa são alguns dos produtos desenvolvidos pelas startups selecionadas. “O número de candidaturas e a criatividade dos projetos, provenientes dos quatro cantos do mundo, mostram o interesse crescente na biotecnologia azul e que esta é uma área, um modelo que vale a pena incentivar”, refere Filipa Saldanha, subdiretora do Programa Gulbenkian Desenvolvimento Sustentável da Fundação Calouste Gulbenkian.
O “Blue Bio Value Aceleração” tem a duração de sete semanas, das quais cinco são remotas e duas presenciais. Durante as duas últimas semanas presenciais, as 18 startups estarão em Lisboa e terão a oportunidade de fazer networking, especialmente em algumas field trips a centros de investigação e empresas relacionadas com a biotecnologia azul nas zonas de Aveiro, Cantanhede, Lisboa e Porto.
Estão já agendadas mais de 100 reuniões entre participantes e mentores em áreas tão variadas como a biotecnologia, o acesso a financiamento, marketing e comunicação, e aconselhamento legal.
A Fundação Oceano Azul e a Fundação Calouste Gulbenkian, em parceria com a Bluebio Alliance, irão apoiar os participantes de forma a validar as tecnologias desenvolvidas, adquirir competências de gestão e aceder a uma rede única de mentores nacionais e internacionais, parceiros especialistas no setor, potenciais clientes e investidores.
As startups que mais se destacarem no decorrer da aceleração serão as vencedoras do final pitch — que decorre a 25 de novembro — recebendo um prémio de 45.000 euros, para ser utilizado no desenvolvimento dos projetos.
Lançado em 2018, o Programa Blue Bio Value já acelerou 42 empresas de 15 nacionalidades. Nestas quatro edições do programa, as Fundações Oceano Azul e Calouste Gulbenkian já investiram um total de dois milhões de euros, contribuindo para que três startups internacionais se sediassem em Portugal e mais de 70% dos participantes no programa expandissem as suas atividades devido à melhoria dos seus produtos.
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