Nos pede demissão “imediata” do presidente da Anacom
A operadora liderada por Miguel Almeida considera que as críticas do primeiro-ministro à atuação do regulador não deixam "alternativa" que não a demissão "imediata" de João Cadete de Matos.
A Nos pediu a demissão “imediata” do presidente da Anacom, João Cadete de Matos, na sequência das fortes críticas do primeiro-ministro à forma como o regulador está a lidar com o dossiê do 5G. António Costa disse que a Anacom “inventou o pior modelo possível” de leilão e acusou o regulador de ter atrasado “imenso” o desenvolvimento da quinta geração no país.
Horas depois da intervenção do chefe do Governo no Parlamento, a operadora liderada por Miguel Almeida aproveitou a deixa para pedir a demissão de Cadete de Matos.
“Se dúvidas ainda restassem sobre a profunda incompetência deste regulador, as graves afirmações hoje [quarta-feira] produzidas pelo Sr. primeiro-ministro desfazem-nas por completo. Face aos danos que já causou ao país, e perante esta tomada de posição, não resta alternativa ao presidente da Anacom do que apresentar de forma imediata a sua demissão, permitindo desta forma evitar que Portugal seja ainda mais sacrificado do que já foi”, avançou fonte oficial da Nos.
A posição da Nos surge depois de, num debate na Assembleia da República, o primeiro-ministro ter apontado as baterias ao regulador, acusando-o de ter desenhado um leilão de frequências que nunca mais acaba e que já está a atrasar “imenso” o país nesta matéria.
“Estamos todos de acordo: o modelo de leilão que a Anacom inventou é, obviamente, o pior modelo de leilão possível, nunca mais termina e está a provocar um atraso imenso no desenvolvimento do 5G em Portugal”, acusou António Costa.
O primeiro-ministro foi ainda mais longe, criticando o atual modelo de regulação do setor das comunicações: “Quem construiu essa doutrina absolutamente extraordinária de que é preciso limitar os poderes dos governos para dar poder às entidades reguladoras, deve bem refletir sobre este exemplo do leilão do 5G, para ver se é este o bom modelo de governação económica do futuro”.
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