Lucro do Santander cai 32% até setembro, para 172,2 milhões de euros
Banco viu o resultado líquido cair quase um terço nos primeiros nove meses do ano, com a margem financeira a continuar a descer, condicionada pelas taxas de juro.
O lucro do Santander Portugal recuou 32% entre janeiro e setembro, em termos homólogos, para 172,2 milhões de euros, um período que foi marcado pela contínua redução das margens financeiras, devido às baixas taxas de juro. As receitas recorrentes de natureza comercial continuaram afetadas por um “contexto adverso, fruto da conjuntura económica incerta decorrente da pandemia”, informou a instituição esta quarta-feira.
No mesmo período, o total de crédito concedido a clientes situou-se em 43,5 mil milhões de euros, um aumento de 2,2% face ao ano passado, destacando-se o crescimento do crédito à habitação, em 5,9%. As quotas de mercado de novos empréstimos de crédito a empresas e habitação (valores acumulados a agosto) situaram-se em 22,1% e 21,3%, respetivamente.
No que toca a linhas com garantia do Estado, foram apoiados mais de 15 mil clientes, num montante global de 1,8 mil milhões de euros. Os recursos de clientes ascenderam a 46,2 mil milhões de euros, um aumento de 6,7% “determinado pelo aumento de 4,5% em depósitos e de 18,3% em recursos fora de balanço”, refere o Santander.
O número de clientes digitais aumentou 8,6%, representando 58% do total de clientes de banco principal. “Os nossos clientes digitais são quase um milhão e têm contribuído todos os dias para que as vendas em canais digitais, feitas com toda a segurança, superem os 60% do total”, diz Pedro Castro e Almeida, presidente executivo do Santander Portugal, citado em comunicado.
O rácio de eficiência foi de 41,1% (3,4 pontos percentuais abaixo do valor alcançado em setembro de 2020), enquanto o rácio CET1 (fully implemented) foi de 23,9%, registando um acréscimo de 3,5 pontos percentuais em relação a setembro do ano passado.
A instituição destaca que, entre janeiro e setembro, participou em duas emissões — de 750 milhões de euros e de 1.250 milhões de euros — de dívida híbrida verde da EDP e também na emissão de 300 milhões de euros de green bonds da REN.
Pedro Castro e Almeida nota que, “apesar do ano desafiante” que está a ser 2021, a evolução destes indicadores do banco traz otimismo em relação ao futuro e “reflete a confiança” dos clientes. “2022 está à porta. O Santander está preparado para um novo ano — e para um novo ciclo. O banco é hoje uma instituição mais forte, melhor estruturada e dotada dos meios necessários para continuar a ser o parceiro das famílias e das empresas portuguesas.
(Notícia atualizada às 8h52 com mais informação)
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