“Se esquerda não for votar, direita vai votar e ganhar”, diz Duarte Cordeiro
Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares recorda surpresa nas eleições para a Câmara de Lisboa, com a vitória do PSD: "Para existir um Governo de esquerda, tem de ser protagonizado pelo PS."
A proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) foi chumbada no Parlamento, sendo as eleições antecipadas o cenário mais provável, tal como Marcelo já tinha avisado. Em entrevista ao Público e à Renascença, Duarte Cordeiro apela aos eleitores de esquerda para irem às urnas, sob pena de a direta vencer as próximas eleições, que se espera que aconteçam entre janeiro e fevereiro.
Na entrevista, feita já depois do cartão vermelho à proposta socialista, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares avisa que, nesse caso, os portugueses têm de perceber que “para existir um Governo de esquerda em Portugal, esse Governo é protagonizado pelo PS”. “A alternativa a um Governo protagonizado pelo PS é haver um Governo de direita”, afirma. As pessoas “têm de perceber se querem uma solução de esquerda ou de direita”, reforça.
Dando como exemplo as últimas eleições autárquicas, em que o social-democrata Carlos Moedas venceu Fernando Medina em Lisboa, Duarte Cordeiro alerta que, “se a esquerda não for votar, a direita vai votar e ganha”. “Se as pessoas querem governabilidade, devem dar um voto reforçado no PS e devem também dar um sinal aos partidos políticos que se indisponibilizaram para votar este OE de que a sua opção é que haja capacidade de governar à esquerda em Portugal”.
Duarte Cordeiro diz que, em caso de eleições, o PS vai incluir no programa eleitoral todas as medidas que apresentou no OE2022 e ainda aquelas em que mostrou abertura em ir mais além para satisfazer o PCP e BE, como foi no caso do aumento das pensões ou do salário mínimo nacional.
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