Portugal Tech tem nova versão e quer mobilizar 250 milhões em investimentos
Financiamento é assegura em 50 milhões de euros pelo PRR, canalizados através do Banco de Fomento, e mais 50 milhões do Fundo Europeu de Investimento (FEI), para mobilizar um total de 250 milhões.
Gerar cinco euros de investimento por cada euro de financiamento nacional é a marca de sucesso que o Portugal Tech II vai ter de superar para que possa receber também o carimbo de sucesso. A nova versão deste programa de investimento, assinada esta terça-feira, pretende mobilizar 250 milhões de euros de investimento até 2026 para impulsionar a transferência de tecnologia, num mix de capital público e privado.
O Portugal Tech II tem como objetivo atrair capital privado e institucional para investimentos de capital de risco na fase semente com foco amplo na tecnologia, incluindo inteligência artificial, machine learning, fintech, cibersegurança, tecnologias da saúde, entre outros.
O programa destina-se a equipas portuguesas com experiência na gestão de fundos de capital de risco de transferência de tecnologia e aceleração, mas também a equipas estreantes, desde que sejam capazes de satisfazer os compromissos assumidos por este programa de investimento, angariando capital junto de investidores privados e institucionais.
O financiamento é assegura em 50 milhões de euros pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) canalizados através do Banco de Fomento e mais 50 milhões do Fundo Europeu de Investimento (FEI), para assim mobilizar um total de 250 milhões já com os investidores privados.
Este modelo é decalcado do programa antecessor, o Portugal Tech I, assinado em 2018. Arrancou com uma dotação de 100 milhões de euros. A então Instituição Financeira de Desenvolvimento (agora fundida no Banco de Fomento) e o FEI alocaram inicialmente 50 milhões de euros, com a componente nacional a ser assegurada pelo IAPMEI. As verbas restantes foram asseguradas por investidores privados e institucionais.
Indico Capital Partners, Armilar Venture Partners e Faber Capital foram as capitais de risco escolhidas pelo FEI para fazer chegar o dinheiro a empresas com ADN português como a Bizay, Sword Health, Tonic App, iLof, Unbabel, Infraspeak, Casafari, Anchorage, Student Finance, Barkyn, Findster, Codacy, Raws, YData e Eattasty.
“Este programa teve grande sucesso”, garantiu Siza Vieira esta terça-feira, em declarações à RTP 3, à margem do Web Summit, feira de tecnologia que se estende até dia 4 de novembro. “Já conseguimos mobilizar 273 milhões de euros de investimento privado para 30 empresas com grande capacidade de crescimento”, revelou o ministro da Economia, salientando ainda que Portugal já tem “um ecossistema empreendedor já bastante estruturado”.
“Na verdade, estamos a ter um investimento médio por empresa de cerca de dois milhões de euros e são empresas que estão muito recentemente constituídas”, precisou depois Siza Vieira na conferência de imprensa conjunta com o vice-presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), Ricardo Mourinho Félix, sobre o lançamento do programa Portugal Tech II.
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