Gestores da Norgarante e Lisgarante já tiveram luz verde do Banco de Portugal

As novas equipas obedecem ao desenho elaborado pelo Ministério da Economia em resposta também às exigências do Banco de Portugal de alteração do modelo de governance das sociedades de garantia mútua.

O Banco de Portugal já deu luz verde à idoneidade e competência técnica das equipas escolhidas para dirigir a Norgarante e Lisgarante. Estas duas sociedades do sistema de garantia mútua iniciam funções esta semana, apurou o ECO.

A Garval e a Agrogarante ainda aguardam o resultado do exercício de fit and proper. No caso da sociedade que tem a seu cargo as empresas da região centro, a resposta ainda deverá surgir durante o mês de novembro, tendo em conta que a assembleia geral também decorreu em julho. Já a Agrogarante só teve a AG a 22 de setembro. Estas reuniões magnas serviram para apreciar e votar o Relatório de Gestão e para eleger os órgãos sociais para o mandato de 2021-2023. Começaram por estar agendadas para junho, mas os atrasos no fecho das contas empurrou-as para o mês seguinte.

Os órgãos sociais eleitos tinham de ser registados pelo Banco de Portugal, mas para tal as equipas tinham de passar com sucesso os critérios de avaliação, os chamados Fit and Proper, que avaliam a sua idoneidade, competência técnica, mas também o modo como funcionam e a sua disponibilidade. A avaliação não só foi feita individualmente a cada elemento, mas também à equipa no seu conjunto.

As novas equipas obedecem ao desenho elaborado pelo Ministério da Economia, em resposta também às exigências colocadas pelo próprio Banco de Portugal de alteração do modelo de governance das sociedade de garantia mútua. Ou seja, um presidente e dois vogais (e não cinco) para cada uma destas sociedades. Só três dos atuais dirigentes acabaram por manter funções, mas não exatamente as mesmas, tal como o ECO já noticiou.

Henrique Cruz, o último presidente da IFD, que foi fundida no Banco Português de Fomento, é o presidente da Norgarante e inicia funções esta terça-feira. Tem como vogais Teresa Duarte, que era a presidente da comissão executiva, e António Gaspar, que é simultaneamente presidente executivo da Agrogarante, um cargo que vai continuar a desempenhar. António Gaspar antes era vogal da SPGM e esteve em funções no banco de fomento até à entrada “oficial” em funções dos novos administradores.

na Lisgarante, o novo presidente executivo é Marco Neves, que também inicia funções esta semana, depois de ter recebido o ‘ok’ do regulador a semana passada. Era administrador do Banco de Fomento e nessa qualidade vogal da Norgarante, Garval e da própria Lisgarante. Em vez dos cinco vogais que tinha até aqui passará a contar com Eduarda Vicente, que era vogal da comissão executiva da IFD, e com Marco Fernandes, o antigo presidente da PME Investimentos.

Por sua vez, Marco Fernandes passou a ser o presidente executivo da Garval, tendo como vogais Eduarda Vicente e Marco Neves. Mas estas equipa ainda aguarda a decisão do Banco de Portugal.

A Agrogarante é a sociedade que teve menos mudanças já que mantém o seu presidente, António Gaspar, assim como um dos vogais — Carlos Oliveira que era o presidente executivo. Mas, tal como Teresa Duarte da Norgarante, sai da presidência para o lugar de vogal. O segundo vogal será Henrique Cruz, que regressou ao seu lugar de origem na Caixa Geral de Depósitos após ter deixado as funções na IFD e de onde sairá esta terça-feira juntamente com Eduarda Vicente que também tem estado no banco público. A equipa gestora desta sociedade ainda aguarda pela avaliação do regulador.

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