Altri quer autonomizar participação na Greenvolt e entregá-la aos acionistas
Papeleira está a preparar a autonomização da participação de 58,72% que detém na Greenvolt. Acionistas passarão a controlar diretamente as ações da empresa de energias renováveis.
A Altri está a preparar a autonomização da participação de 58,72% que detém na Greenvolt. Com esta operação, que poderá concretizar-se no segundo trimestre de 2022, os acionistas da papeleira passarão a controlar diretamente as ações da empresa de energias renováveis.
Esta intenção consta do comunicado relativo às contas do terceiro trimestre do ano e no qual a Altri considera que, tendo em conta as perspetivas de crescimento das duas empresas, “afigura-se razoável e necessário contemplar o estudo em torno da otimização da participação acionista da Altri na Greenvolt, o que poderá envolver um eventual processo de autonomização dessa participação”.
Mas só será dado esse passo se a operação “constituir uma resposta adequada para a evolução otimizada das empresas em causa, ajustada à realidade subjacente aos seus negócios próprios e às suas perspetivas de evolução e uma vez realizada a análise dos impactos e das vantagens de uma separação total dos negócios da pasta e da energia renovável”, indica a Altri.
A autonomização dos negócios permitirá a segregação entre os balanços das duas empresas, “contribuindo para que ambas prossigam o seu plano de negócios de forma autónoma”.
Concretizando-se esta operação, a Altri explica que os seus acionistas passarão a deter a totalidade da participação maioritária que esta empresa detém na Greenvolt, em moldes ainda em estudo, mas com a salvaguarda de que o controlo da empresa de energias renováveis não será transferido da Altri para outra entidade.
A Altri nota que o processo está dependente da obtenção de todas as aprovações estatutárias, legais, contratuais e regulatórias, em particular por parte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A papeleira diz que será respeitado o período do lock-up em vigor até 15 de janeiro e que foi assumido no IPO da Greenvolt.
No final, “caso se venha a concluir pela sua viabilidade e adequação e após terem sido obtidas todas as autorizações exigidas, previsivelmente, durante o segundo trimestre de 2022”, informa a Altri, que anunciou esta quinta-feira um lucro de 92,8 milhões de euros nos nove primeiros meses deste ano, um crescimento de 282,1% face ao mesmo período do ano passado.
Entre os principais acionistas da Altri estão a Promendo (18,67%), a Caderno Azul (15,11%), a Actium Capital (13,00%), a Livrefluxo (13,00%) e a 1 Thing Investments (10,01%).
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