Coopérnico lança primeira comunidade de energia liderada por cidadãos em Portugal

Trata-se de um prédio, onde habitam seis famílias, que vão investir investir num total de cinco módulos fotovoltaicos de 450Wp, com capacidade de produção de 3307 kWh por ano.

Apesar de já existirem em vários países europeus, em Portugal as comunidades de energia ainda são uma raridade. Por isso a Coopérnico, cooperativa para as energias renováveis, lançou agora um projeto-piloto que tem como objetivo criar a primeira comunidade de energia liderada por cidadãos em Portugal. A cooperativa tem como objetivo apoiar o desenvolvimento de projetos de autoconsumo coletivo para a transição energética e respetivos benefícios ambientais e económicos.

Trata-se de um prédio, onde habitam seis famílias, que vão investir investir num total de cinco módulos fotovoltaicos de 450Wp, com capacidade de produção de 3307 kWh por ano, tornando assim o seu consumo de energia mais limpo e mais autossuficiente.

Com este projeto, a Coopérnico prevê que cada família poupe cerca de 145 euros por ano. Nestas comunidades de energia, são os cidadãos a liderar o processo de implementação e desenvolvimento da sua comunidade local de energia.

Para a Coopérnico, e para o movimento das comunidades de energia em toda a Europa, é fundamental que o investimento em projetos de comunidades de energia com base em diversas tecnologias (solar, eólica, hídrica, ou outra) seja realizado ou tenha uma ampla participação de cidadãos.

Como afirma Nuno Brito Jorge, “não faz sentido continuar a ignorar os desafios da sustentabilidade, assim como a crise energética que se vive em toda a Europa, quando temos soluções de energia descentralizada, mais justas, com racionalidade económica e com menos impactos ambientais”.

“Este passo que damos é importante para mostrar que qualquer cidadão pode fazer a diferença no futuro da Humanidade e do Planeta enquanto se está a proteger de uma economia de mercado, e setor, que nem sempre defendem os interesses dos cidadãos acima de outros”, acrescentou.

Na prática, explica a cooperativa, este projeto-piloto de autoconsumo coletivo é um passo fundamental para testar a forma como a legislação e os regulamentos em vigor funcionam no terreno, tirar a aprendizagem necessária para participar na melhoria do quadro legal e das ferramentas técnicas, e também para perceber as oportunidades e barreiras para os cidadãos. A partir daí, a Coopérnico construirá um modelo que permita a criação de muitas outras comunidades de energia lideradas por cidadãos.

Neste momento a comemorar oito anos de existência, a Coopérnico tem quase 2.300 cooperantes e já investiu em sistemas fotovoltaicos em mais de 30 entidades do setor social. No total, os projetos apoiados representam um investimento de 1,86 milhões de euros em sistemas fotovoltaicos descentralizados, instalados em mais de 30 entidades da economia social pelo país.

São 7.250 módulos em 32 sistemas fotovoltaicos, que somam uma potência instalada de 2,14MWp e uma produção de cerca 3100 MWh/ano.

Para além de uma poupança total média anual na fatura de energia de 30%, o ambiente também fica a ganhar, com um global de 624 toneladas de CO2 evitados/ano.

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