Magdalena Andersson é a primeira mulher a governar a Suécia
O Parlamento da Suécia confirmou a eleição da social-democrata Magdalena Andersson para o cargo de primeira-ministra, o que a torna na primeira mulher a chefiar um governo naquele país.
O Parlamento da Suécia confirmou esta quarta-feira a eleição de Magdalena Andersson como nova primeira-ministra. Depois de dias marcados por um impasse nas negociações com os deputados, a líder social-democrata torna-se na primeira mulher a assumir a chefia do Governo naquele país, apontado como dos mais avançados da Europa em questões relacionadas com igualdade de género.
A sua confirmação no cargo decorreu com 117 votos a favor do Partido Verde e do seu partido e 57 abstenções do Partido do Centro e do Partido da Esquerda. Os votos contra de 174 deputados não foram suficientes para travar a nomeação da líder social-democrata, já que a Constituição sueca indica que os chefes de Governo podem ser nomeados para governar pelo Parlamento se 175 deputados não votarem contra. Houve ainda um deputado que não estava presente na câmara e não votou.
Andersson era até agora ministra das Finanças do demissionário Stefan Löfven. Só na noite de terça-feira foi possível alcançar um acordo com o Partido de Esquerda, que exigia um aumento das pensões de reforma para obter o seu apoio. Löfven vai manter-se formalmente em funções até que seja anunciada a formação do novo Governo na próxima sexta-feira, sendo que as próximas eleições gerais na Suécia vão realizar-se no dia 11 de setembro do próximo ano.
A nova primeira-ministra vai liderar um Executivo de coligação minoritário composto pelos sociais-democratas e pelos Verdes, enfrentando o seu primeiro desafio já esta quarta-feira à tarde, com a votação do Orçamento do Estado para o próximo ano pelo Parlamento de Estocolmo. Depois de a líder do Partido de Centro, Annie Lööf, ter dito que não apoiaria a proposta do Governo, tal significa que o documento não deverá merecer apoio suficiente para ser aprovado.
Esse cenário torna provável a aprovação do orçamento redigido pela oposição de direita — negociado conjuntamente pelos moderados conservadores e democratas-cristãos e pelos democratas suecos anti-imigração –, o que significa que Andersson poderá ter de governar com um orçamento negociado por um partido tido como de extrema-direita, o que também seria a primeira vez no país.
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