Rio rejeita “confinamentos” e encerramento de negócios. PS admite “controlo de fronteiras”
O líder do PSD defende que é necessário "proteger a população", mas descarta o cenário de confinamento e “medidas mais pesadas” neste momento. Para o PS, "vacinar é a prioridade".
O líder do PSD, Rui Rio, defendeu esta quarta-feira que é preciso fazer tudo para proteger a população da evolução da pandemia sem voltar a situações de confinamento ou fecho da economia, rejeitando “medidas mais pesadas” neste momento.
No final da reunião com o primeiro-ministro, António Costa, – que termina esta quarta-feira a ronda pelos partidos com assento parlamentar devido à evolução da pandemia de Covid-19 –, Rui Rio defendeu não serem necessárias “medidas que entravem o andamento normal da economia” nem sequer medidas “mais pesadas e mais em força”.
“No fundo, a equação é fazer tudo aquilo que é necessário fazer para proteger a população, sem chegarmos ao ponto a que se chegou no passado, confinamentos e de fechos de determinados negócios. Neste momento não parece necessário”, afirmou.
Segundo o líder social-democrata, “após a reunião com o Governo aquilo que parece razoavelmente sensato e mais ou menos consensual na sociedade portuguesa” é, em primeiro lugar, a “necessidade de o Governo voltar a instalar todos os centros de vacinação necessários” para cumprir a terceira dose na população portuguesa.
“Continuar com o uso de máscara, particularmente em recintos onde estejam mais pessoas e exigir, em sítios onde haja uma aglomeração de pessoas, o certificado de vacinação e um teste”, sintetizou como sendo os pontos essenciais destas medidas.
PS destaca a importância da vacinação para travar pandemia Covid-19
Para o PS é preciso continuar a fazer “esforços coletivos” para combater o aumento de casos de Covid-19. À semelhança do líder do PSD, o deputado do PS, José Luís Carneiro, defende que “vacinar é a prioridade”.
“Vacinação contra a Covid-19 tem que ser um ato de regularidade como a vacina da gripe”, diz o deputado do PS ao garantir que “a vacinação demonstra que é mesmo a maior proteção das nossas vidas” e que com as inoculações foi possível “evitar 135 mil dias em enfermarias, 55 mil dias em unidades cuidados intensivos e evitar ainda 2 mil e 300 mortes”.
Para além do reforço da vacinação, o partido socialista defende “testagem para o acesso a recintos fechados, certificado digital e testagem regular contra a Covid-19″.
O secretário-geral adjunto do PS alertou para a necessidade de “estarmos preparados para a necessidade de reforço [do controlo] das entradas e saídas do país, portanto do controlo das fronteiras”. “Somos um país aberto ao mundo, mas naturalmente essa abertura ao mundo faz com que estejamos expostos àqueles que são riscos que hoje provem de regiões onde a vacinação não alcançou níveis que nós alcançamos”, explicou.
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