Wall Street recua com medo do impacto da Ómicron
Após ter caído 1,45% na passada sexta-feira, a maior queda em três semanas, o Dow Jones volta a registar uma queda superior a 1% na primeira sessão desta semana.
A semana do Natal começa sem tréguas para os investidores que esperam pouca volatilidade. Pelo contrário, as ações estão em queda na Europa e agora nos Estados Unidos, por causa da preocupação com o potencial impacto da variante Ómicron na economia mundial. Em Wall Street, os principais índices estão a cair mais de 1% no arranque da sessão desta segunda-feira.
Na Ásia, a maioria dos mercados financeiros registou fortes quedas e na Europa a sessão também está a ser negativa para as cotadas. Nas matérias-primas, o petróleo está a cair cerca de 3%.
Em Nova Iorque, o Dow Jones desce 1,45%, para 34.853,25 pontos, o Nasdaq cede 1,23%, para 14.983,76 pontos, e o S&P 500 desvaloriza 1,23%, para 4.563,89 pontos.
Esta queda do Dow Jones segue-se à desvalorização de 1,5% na passada sexta-feira, a maior queda em três semanas. Nessa mesma sessão, o S&P 500 caiu 1%. Apesar destas quedas, os índices norte-americanos continuam a registar fortes ganhos no acumulado do ano.
Entre as cotadas, as maiores quedas registam-se nas empresas mais sensíveis às restrições relacionadas com a pandemia, como é o caso das transportadoras aéreas, nomeadamente a United Airlines, que desce 3,7%, e a Southwest, que cai 2,3%. Já a Moderna está a subir mais de 6%, após ter anunciado que a sua vacina de reforço confere proteção adicional contra a Ómicron.
A proliferação de casos da variante Ómicron tanto na Europa — com mais medidas a serem introduzidas na Holanda e Dinamarca, por exemplo, e a Alemanha perto da recessão — como nos Estados Unidos — em Nova Iorque regista-se um número recorde de casos há três dias consecutivos — está a levar à introdução de mais restrições numa altura do ano que é crítica para as empresas de certos setores, como o retalho e entretenimento.
Acresce que, nos EUA, o pacote de investimentos proposto pelo presidente Joe Biden pode ficar pelo caminho depois de um senador democrata, essencial para a viabilização, ter anunciado que votará contra. Apenas esta notícia levou os economistas do Goldman Sachs a rever em baixa o crescimento do PIB norte-americano no primeiro trimestre de 2022.
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