Cidades americanas querem atrair trabalhadores com bónus. Algumas pagam até 10 mil euros

Tulsa está a pagar 10.000$ a quem trabalhe a partir da cidade de Oklahoma. West Virginia vai mais longe: está a oferecer 12.000$ e dois anos de aluguer de equipamento para atividades outdoor.

Com o trabalho remoto a tornar-se algo mais mainstream, bem como o nomadismo digital, já cidades americanas que estão dispostas a pagar um bónus de alguns milhares de euros aos profissionais que decidam mudar de residência. Tulsa está a pagar 10.000 dólares (cerca de 8.832 euros) a quem voe para a cidade do estado americano de Oklahoma e comece a trabalhar a partir daí. West Virginia, também nos Estados Unidos, vai mais longe: está a oferecer 12.000 dólares (cerca 10.599 euros) e dois anos de aluguer de equipamento para atividades outdoor, como campismo, pesca, biking ou caminhada desportiva, por exemplo. E os que se mudarem para Maine vão ter a ajuda do Estado no pagamentos dos empréstimos estudantis.

“Estes incentivos são apelativos, especialmente para os trabalhadores remotos mais recentes que queiram aproveitar a sua nova flexibilidade”-se na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês). Mas ser selecionado não é tarefa fácil. A maioria destes programas de mobilidade implica um processo de candidatura com várias fases de entrevistas e apenas uma pequena percentagem de candidatos costuma ser aceite.

“A Tulsa Remote aceitou apenas 3% dos seus 30.000 candidatos em 2021”, avança Justin Harlan, diretor-geral da Tulsa Remote. Já o programa “Ascend West Virginia” só aceita candidatos para certas cidades e em determinadas alturas do ano. E o “Opportunity Maine Tax Credit” — que promete ajudar no pagamentos dos empréstimos estudantis — apenas se aplica a algumas áreas e estudo e depende do ano letivo frequentado.

Portanto, antes de fazer as malas é melhor ler muito bem as letras pequenas do contrato do programa, bem como falar com o seu empregador para esclarecer todas as questões que possam surgir e evitar surpresas desagradáveis, nomeadamente no que toca à questão de uma possível redução salarial, uma vez que, normalmente, estas cidades apresentam um custo de vida mis baixo, ou da flexibilidade de horário, que pode ser importante devido aos diferentes fusos horários. “Uma decisão rápida pode custar mais do que o dinheiro o bónus que quer obter”, alerta a publicação norte-americana.

A maioria destes programas destina-se a profissionais empregados a tempo inteiro numa organização sediada fora do estado (Maine é uma exceção).

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