Portugal é o 4.º país da União Europeia com mais casos de Covid, mas o 13.º em mortes

Portugal é o quarto país da UE com maior número de casos por milhão de habitantes a 7 dias, apenas ultrapassado por Dinamarca, França e Eslovénia. Mas cai para 13.º lugar no que toca à mortalidade.

Com as infeções por Covid-19 a dispararem, Portugal é atualmente o quarto país da União Europeia (UE) com maior número de casos por milhão de habitantes a sete dias. Contudo, cai para 13.º lugar no que toca à mortalidade, de acordo com a monitorização feita pela plataforma Our World in Data.

De acordo com este balanço, Portugal tem, atualmente, uma média, de 4.885 casos por milhão de habitantes a sete dias, sendo apenas ultrapassado pela Dinamarca (6.836 casos por milhão de habitantes, na média a sete dias), por França (5.356 casos) e pela Eslovénia (5.064 casos). A média europeia está em 2.453 casos por milhão de habitantes.

Fonte: Our World in DataFonte: Our World in Data

Em contrapartida, no polo oposto, Malta é o país da UE com o menor número de contágios por milhão de habitantes a sete dias (573 casos), seguido pela Polónia (846 casos), Roménia (878 casos), Irlanda (1.142 caos) e Eslováquia (1.177 casos).

na análise mundial, o cenário não é muito diferente, com o território nacional a situar-se em quinto lugar neste indicador e também considerando apenas os países com mais de um milhão de habitantes, sendo apenas ultrapassado por Israel (9.728,2 casos por milhão de habitantes), Dinamarca, França e Eslovénia.

O aumento de contágios tem sido associado à variante Ómicron, que se tem revelado bem mais transmissível do que as variantes anteriores, ainda que aparentemente provoque doença menos severa, sobretudo em pessoas vacinadas.

O diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS) na Europa já veio sinalizar que “é plausível” que a pandemia termine na Europa em breve, dado que se estima que esta variante possa infetar até 60% dos europeus até março, pelo que “haverá, por algumas semanas ou meses, imunidade geral”. “Seja por causa da vacina ou porque as pessoas ficarão imunes devido às infeções, para além de uma quebra por causa da sazonalidade”, acrescentou Hans Kluge.

No entanto, o panorama nacional no que concerne à mortalidade por Covid-19 é bastante diferente, numa altura em que Portugal tem já mais de 8,7 milhões de portugueses com o esquema vacinal primário concluído, dos quais mais de 4,4 milhões com a dose de reforço, de acordo com os últimos dados divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Neste contexto, Portugal tem atualmente 3,92 óbitos por dia por milhão de habitantes, numa média a sete dias, o que coloca o país ligeiramente abaixo da média da UE (4,2 óbitos diários por milhão de habitantes) e na 13.ª posição a nível europeu.

Fonte: Our World in DataFonte: Our World in Data

Neste contexto, a Bulgária é o país da UE com maior taxa de mortalidade por Covid-19 (11,37 óbitos diários por milhão de habitantes, numa média a sete dias), numa altura em que o país tem apenas 28,6% da população com o esquema vacinal completo. Segue-se a Croácia (10,29 óbitos), a Grécia (9,11 óbitos), a Eslováquia (8,47 óbitos) e Malta (7,75 óbitos).

Por outro lado, a Holanda é o país da UE com menor taxa de mortalidade por milhão de habitantes nos últimos sete dias (0,53 óbitos), seguido pela Áustria (1,23 óbitos), pelo Luxemburgo (1,57 óbitos), pela Alemanha (1,91 óbitos) e pela Bélgica (2,14).

Apesar do aumento exponencial de casos de infeção por Covid, há vários países da Europa a aliviarem as restrições aplicadas para conter a pandemia. É o caso do Reino Unido, que deixou cair a obrigatoriedade de uso de máscara nas lojas, transportes públicos, escolas e outros espaços públicos fechados, e pôs fim ao teletrabalho obrigatório, de acordo com a Euronews. Também a Irlanda pôs fim a várias restrições, nomeadamente aos limites à capacidade para eventos ao ar livre e eventos no interior e à utilização do certificado digital europeu.

Já a Bélgica, optou por manter o teletrabalho obrigatório quatro dias por semana, mas a partir de sexta-feira vai levantar os limites à lotação dos espaços culturais e vai permitir o regresso de público nos estádios, com um limite de 70% da capacidade. Em França, o levantamento de restrições só começa a partir do início de fevereiro.

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