DBRS menos pessimista com bancos europeus mas prevê dificuldades na rentabilidade
A DBRS estima que os bancos europeus terão dificuldade em manter os lucros já que o que os suportou em 2021 dificilmente se repetirá.
A DBRS está hoje menos pessimista com os bancos europeus do que há um ano, mas estima que terão dificuldade em manter os lucros já que o que os suportou em 2021 dificilmente se repetirá.
Numa análise divulgada esta quinta-feira, a agência de ‘rating’ afirma que os bancos europeus estão hoje, genericamente, em melhor forma do que estavam há um ano, os resultados melhoraram em 2021, em grande parte graças a menores provisões para perdas com empréstimos e fortes receitas dos mercados de capitais, reforçando o capital e com liquidez ampla.
Afirma ainda que os bancos europeus não sofreram deterioração na qualidade dos ativos em 2021, o que atribui em grande parte às medidas de apoio dos governos na crise pandémica.
Para 2022, estima que haverá desafios, desde logo a pressão sobre as receitas, sobretudo sobre margem financeira já que as taxas de juro deverão continuar baixas (o BCE subir as taxas de juro este ano ainda é considerado pouco provável, apesar da inflação), pelo que prevê que os bancos continuarão a fazer redução de custos. Também admite que haja consolidação bancária em alguns mercados.
Além disso, alguns fatores pontuais que impulsionaram a rentabilidade em 2021, como receita do mercado de capitais e reversões de provisões para perdas com crédito, fatores que dificilmente se repetirão na mesma dimensão em 2022, avisa a DBRS.
Em 2021 houve um aumento pouco significativo do crédito malparado, com os bancos a beneficiarem das medidas de apoio à economia e famílias, mas admite que o fim das moratórias e de outras medidas venha a ter impacto negativo. Ainda assim, a recuperação económica deverá ajudar à qualidade dos ativos.
Assim, para 2022/2023, a DBRS espera uma deterioração da qualidade dos ativos, mas modesta, e que a maioria dos bancos será capaz de a gerir. A DBRS prevê que este ano haja uma tendência de estabilidade na maioria dos ‘ratings’ dos bancos europeus A análise da DBRS abrange 31 bancos europeus, incluindo os portugueses BCP e Caixa Geral de Depósitos.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
DBRS menos pessimista com bancos europeus mas prevê dificuldades na rentabilidade
{{ noCommentsLabel }}