PJ encontrou escultura do acervo de Rendeiro num armazém em Alcabideche

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2022

A Polícia Judiciária recuperou a escultura do "Mouro Veneziano" num armazém em Alcabideche (Cascais), pertencente ao acervo de arte apreendido a João Rendeiro, numa busca não domiciliária.

A escultura do “Mouro Veneziano”, que pertence ao acervo de arte apreendido a João Rendeiro e que estava desencaminhada, foi recuperada num armazém em Alcabideche (Cascais), anunciou esta sexta-feira a Polícia Judiciária (PJ).

Em comunicado, a PJ explica que a obra, de autor desconhecido, foi recuperada no âmbito de um inquérito dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), numa busca não domiciliária.

A escultura faz parte do acervo de obras de arte apreendidas a João Rendeiro, no âmbito de inquérito no qual se encontra condenado numa pena de 10 anos de prisão efetiva, pela prática de crimes de fraude fiscal qualificada, abuso de confiança qualificado e branqueamento, explica a PJ.

Este anúncio foi feito dias depois de a PJ ter executado, na quarta-feira, o arresto do património do ex-banqueiro na Quinta Patino, em Cascais, e em outros locais.

Segundo disse na altura à Lusa fonte ligada ao processo, os mandados de arresto de bens do antigo presidente do Banco Privado Português (BPP) – cujo processo de extradição para Portugal decorre na África do Sul onde foi localizado e detido – foram executados no âmbito de um “processo em que João Rendeiro já foi condenado”.

A mesma fonte confirmou que o arresto abrangeu bens da casa da mulher do ex-banqueiro, Maria de Jesus Rendeiro, que está em prisão domiciliária, indiciada do crime de descaminho de obras de arte do marido, das quais era fiel depositária.

João Rendeiro, que aguarda uma decisão sobre processo de extradição para Portugal numa prisão de Durban, na África do Sul, foi alvo de três processos-crime, um deles transitado em julgado e que motivou o arresto de bens.

O colapso do BPP, banco vocacionado para a gestão de fortunas, ocorreu em 2010, depois do caso BPN e antecedendo outros escândalos na banca portuguesa, nomeadamente o caso BES/GES.

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